terça-feira, 27 de dezembro de 2016
#DESTAQUESDE2016 // #03 :: COMUNICAÇÃO
Durante a semana, o blog #PorDentroDasNotícias traz uma série especial sobre os principais fatos e imagens de 2016 selecionados por mim. E dividido por temas e serão em seis partes. E na terceira parte de hoje, vamos aos principais fatos na mídia nacional e internacional.
RBS VENDE SUAS OPERAÇÕES EM SC E JORNAL NO INTERIOR DO RS
Começamos com um fato que nos primeiros meses do ano foi confirmado e desmentido, confirmado e desmentido, confirmado e desmentido... E que acabou confirmado. A venda das operações do Grupo RBS em Santa Catarina. O anúncio foi em 7 de março na sede do Diário Catarinense, em Canasvieiras, em Florianópolis. Foi anunciado o fechamento do acordo entre os acionistas da RBS e os empresários Lírio Parisotto (que atua na área de mídia por meio de sua empresa Videolar e no setor de petroquímica a partir da Innova e foi afastado em agosto após se envolver num escândalo judicial com a atriz e modelo Luiza Brunet) e Carlos Sanchez (que amplia o processo de diversificação de seus negócios, a partir do Grupo NC), juntamente com outros investidores, para a transferência de controle das operações de televisões, rádios e jornais que atuam sob a marca RBS em Santa Catarina. Eles também anunciaram o nome de Mario Neves, atual diretor-geral da RBS TV Santa Catarina, como novo presidente das operações no Estado.
Segundo a RBS, a primeira aproximação dos investidores ocorreu há cerca de três anos. As conversações haviam sido retomadas há meses, mas o acordo só foi fechado há poucos dias. Embora não tenham sido divulgados valores, o negócio é considerado um dos maiores no ramo de mídia no Brasil nos últimos anos. Os novos acionistas da RBS em Santa Catarina vão controlar as emissoras da RBS TV em Florianópolis, Blumenau, Joinville, Centro-oeste, Chapecó e Criciúma, os jornais Diário Catarinense, Hora de Santa Catarina, A Notícia e Jornal de Santa Catarina e as rádios CBN Diário, além das emissoras da Itapema e Atlântida em Santa Catarina.
Após o anúncio, o Grupo RBS divulgou uma 'carta aberta aos catarinenses' em que agradece o apoio do público e aos colaboradores ao longo de 37 anos no estado. A carta relembra a ação da RBS em momentos dramáticos como as enchentes e em causas da comunidade como a duplicação da BR-101. Em um comunicado, a RBS informou que concentrará suas atividades de mídia no Rio Grande do Sul, estado onde nasceu. Além dos negócios de comunicação, o grupo é proprietário da e.Bricks, empresa de investimento digital com atuação no Brasil e nos Estados Unidos.
Após a divulgação da venda, começou uma série de transição que vai durar até dois anos, a partir do momento do acordo entre as duas empresas. Em 17 de agosto, o logotipo do Grupo RBS já não aparece mais nos expedientes dos jornais catarinenses - e também nos sites dos jornais. Em seu lugar está o logo do Grupo NC. Em 7 de outubro, o nome RBS e o logotipo do Grupo RBS não são mais usados nos encerramentos de programas e telejornais da casa. O logotipo esférico da RBS TV, no entanto, permanece no ar. E em 5 de novembro, foi a vez da retirada do logotipo da emissora gaúcha de todos os microfones catarinenses. Além disso, o nome da RBS também não aparece mais nos crachás de seus funcionários. Com a mudança, as canoplas dos microfones passam a ter apenas o logotipo da Rede Globo em suas quatro faces, como acontece no Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Brasília e Recife, onde a Globo possui emissoras próprias. O que não mudou são as rádios Atlântida e Itapema, que permanece no ar, agora como afiliação à rede. E não parou por aí, as emissoras da RBS TV de Santa Catarina vão mudar de nome. Se for confirmada, a rede, que atualmente têm 18 emissoras (incluindo as 12 no RS), perderá o título de maior rede regional de televisão no Brasil, que ficaria com a Rede Amazônica, com 13 emissoras de 5 estados. Ou seja, o fim definitivo do Grupo RBS no solo catarinense será a partir do novo nome da emissora que vai substituir a RBS TV.
E não parou por aí. Depois da venda das operações de mídia em Santa Catarina, o Grupo RBS anunciou em 24 de novembro, o acordo para a venda do Diário de Santa Maria a um grupo de empresários santa-marienses. Fundado em 19 de junho de 2002, o jornal, que teve o nome escolhido por um concurso cultural e já nasceu totalmente colorido, passará a ser administrado pelos empresários Paulo Ceccim, Carlos Costa Beber, Renor Beltrami, Flavio Jobim, Mauro Della Pasqua, Valnei Beltrame, Jairo Libraga, Giuliano Vendrúsculo e Luiz Fernando Pacheco, sob coordenação jurídica de Marcelo Zampieri e Ricardo Jobim, a partir de 1º de fevereiro. A linha editorial será independente da adotada pela RBS. O processo de transição pode durar até 18 meses com o objetivo de garantir a continuidade das operações. Em nota, o Grupo RBS seguirá exercendo seu propósito enquanto empresa de comunicação em Santa Maria, a partir de suas operações de rádio e televisão, com as marcas RBS TV, Gaúcha e Atlântida. A decisão parte de uma visão estratégica da operação de jornais da empresa, com objetivo de focar esforços em Zero Hora e Diário Gaúcho, marcas de jornalismo com abrangência estadual, reconhecidas pelos gaúchos. Ainda não sabe se o jornal Pioneiro, de Caxias do Sul, permanece ou não do grupo.
E fiquei muito triste com a venda das operações da RBS em Santa Catarina. E estou na torcida para os funcionários das duas empresas, tanto em Santa Catarina, quanto no Rio Grande do Sul. Para que ambos continuem gigantes nas comunicações do Brasil.
OS 30 ANOS DO PRIMEIRO JORNAL INFORMATIZADO DA AMÉRICA LATINA
Ainda em Santa Catarina, dois jornais da RBS fizeram aniversário. Em 5 de maio, o Diário Catarinense completou 30 anos. Fundado em 1986, dois meses depois da morte do fundador Maurício Sirotsky Sobrinho, que idealizou o jornal antes de morrer, o jornal foi o primeiro na América Latina a ser produzido pelo computadores. Após a inauguração, saiu a primeira edição do jornal que se esgotou duas horas depois. Ao longo de três décadas, o jornal registrou os principais fatos do estado de Santa Catarina, no Brasil e no Mundo. O grafismo do jornal mudou muito. O grafismo do jornal mudou muito. A última foi em 26 de outubro do ano passado, quando o jornal ganhou a nova logomarca - que passou a chamar 'DC' - e o novo slogan, integrando o estado 'de Ponto a Ponto'. Além da criação de uma edição de fim de semana e uma edição dominical que circula apenas na versão digital. Em 7 de setembro de 2013, o jornal atingiu 10 mil edições. Este ano, houve uma série de comemorações, como uma homenagem na Assembleia Legislativa, uma edição histórica, publicada no dia do aniversário com um caderno de 64 páginas e um especial multimídia na versão online. Além disso, teve uma edição digital com 42 capas inéditas do jornal e a possibilidade de folhear a primeira edição em 5 de maio de 1986 num aplicativo digital - DC Jornal Digital. Segundo o Instituto Verificador de Circulação - dados em 2015, a tiragem do DC, em média, é de 31.467 exemplares.
10 ANOS DO HORA DE SC E 10 ANOS DO NOTÍCIAS DO DIA
Em 28 de agosto, o popular 'Hora de Santa Catarina' completou 10 anos. Desde 2006, o maior jornal da Grande Florianópolis impacta hoje cerca de 63 mil leitores diariamente na versão impressa, com forte presença também no digital. Ao longo de uma década, a 'Hora' se aproximou das comunidades não só na produção de reportagens, mas em ações que têm a cara da cidade. Em 14 de julho, o jornal teve uma reformulação gráfica e editorial para dar ainda mais espaço às causas que fazem diferença na vida dos leitores. Em agosto, houve ações como shows musicais e uma caderno especial '10 Anos de Vidas', publicada em 27 de agosto e traz a retrospectiva da primeira década da Hora de Santa Catarina, relembrando histórias emocionantes que marcaram as páginas do jornal.
Outro jornal catarinense também fez aniversário. Em março, o Notícias do Dia fez 10 anos. Lançado em 2006, o primeiro veículo de mídia impressa do Grupo RIC nasceu dentro da visão de valorizar o jornalismo regional. Hoje é leitura obrigatória para quem quer e precisa estar bem informado. Este ano, o jornal ganhou um novo site, novo projeto gráfico no impresso e nova logomarca. Atualmente, o 'ND' têm edições de Floripa e Joinville.
'FOLHA' FAZ 95 ANOS COM MUDANÇAS 'ESTRANHAS'...
E em 19 de fevereiro, o jornal 'Folha de S. Paulo' completou 95 anos. E para comemorar a data, o maior jornal do país circulou em 28 de fevereiro um caderno especial de 120 páginas. Isso mesmo, 120 páginas divididos em 5 cadernos. A publicação relembra a história do jornal, curiosidades e uma análise sobre os novos modelos de negócio e de produção de conteúdo. Para se ter uma ideia, houve mudanças na impressão e distribuição do jornal. No Centro Tecnológico Gráfico-Folha, foram cinco turnos de impressão num trabalho que consumiu em até 30 horas. Com o especial, a edição dominical que foi a terceira maior da história do jornal, com 424 páginas, atrás das edições de 30 de junho de 2013, com 458 páginas, e de 28 de novembro de 2010, com 430 páginas. Para o editor-executivo da Folha, Sérgio Dávila, a dimensão do jornal naquele dia mostrava "a força do projeto do jornal, que segue os princípios de pluralidade, apartidarismo e crítica". Com uma tiragem em média de 189.254 exemplares, a 'Folha de S. Paulo' é o terceiro maior jornal impresso do Brasil segundo dados do Instituto Verificador de Circulação em 2015.
Mas nem tudo foi de comemoração.Em 2016, a 'Folha de S. Paulo' fez várias mudanças. Em abril, o 'Folhinha' deixou de circular após 52 anos. A seção infantil migrou para a Revista 'sãopaulo', que ganhou uma nova roupagem em maio. O semanal 'Tec' saiu de cena e o noticiário de tecnologia migrou para o 'Mercado' - na seção A. Em Junho, estreou na edição dominical o 'Sobre Tudo', que uniu os conteúdos de 'Veículos', 'Morar' e 'Negócios, Empregos e Carreiras', além de Classificados. Ainda naquele mês, a revista 'Serafina' deixou de circular no Rio e em Brasília, passando exclusivamente para São Paulo. Em julho, o jornal mudou o limite de acesso gratuito na versão digital. Pioneiro a adotar o 'paywall' na internet do Brasil, a 'Folha' reduziu de 20 para 10 textos por mês. Agora, o acesso é livre até cinco reportagens e de seis a dez, o internauta faz um cadastro para ler o restante dos textos gratuitos. A partir do 11º texto em diante, o conteúdo é restrito aos assinantes. Em agosto, mais mudanças, além da redução do quadro de funcionários na sucursal do Rio de Janeiro, o jornal extinguiu o caderno de Esportes e o noticiário esportivo foi inserido em 'Cotidiano' na seção B. Ao portal Meio&Mensagem, o editor-executivo Sérgio Dávila explicou que a nova reestruturação é fruto da crise econômica que afeta o Brasil. E disse ainda que o jornal procurou poupar áreas estratégicas, “como a cobertura de política, os repórteres especiais e seu elenco de colunistas”. E em 1º de outubro, o suplemento semanal do 'The New York Times' publicou a sua última edição.
AS SUPEREDIÇÕES DE FIM DE SEMANA NOS QUATRO JORNAIS DO BRASIL
Na mídia impressa, 2016 foi o ano das superedições de fim de semana no Brasil. Seguida por tendência mundial, como o alemão 'Süddeutsche Zeitung' e o francês 'Libération', quatro jornais do Brasil criaram as edições conjuntas de sábado e domingo. Em 4 de março, o jornal Zero Hora, de Porto Alegre criou uma Superedição de fim de Semana que abriga os conteúdos dos dois dias. Além dos cadernos 'Vida', 'Donna' e 'ZH Classificados', lançou os dois novos cadernos. O 'DOC', que trará reportagens especiais, entrevistas e colunistas, e o caderno 'Fíndi', que reune notícias sobre entretenimento, a programação para os dois dias, programação de TV, resumo de novelas da semana e uma nova seção infantil - o Programinha. Aos domingos, a ZH circula uma edição exclusivamente digital. Em ZH Domingo Digital, o leitor confere às notícias mais recentes e atualizadas do fim de semana. A edição sai às 11h. A última edição dominical de Zero Hora no impresso foi em 28 de fevereiro.
No mesmo dia, outro jornal criou uma edição única de fim de semana. O jornal 'O Estado do Maranhão', de São Luís, criou uma edição conjunta de sábado e domingo com reportagens especiais, informações aprofundadas e integração dos cadernos dominicais PH Revista e a Revista da TV.
Em 6 de maio, o 'Diário do Nordeste', de Fortaleza, criou uma edição única no fim de semana. Reunindo os principais cadernos e novos colunistas, os leitores terão as impressões de sábado e domingo agora concentradas em um exemplar. E uma edição exclusivamente digital será entregue aos assinantes nas manhãs de domingo. Segundo o jornal cearense, o que tem de mais importante e diversificado estará presente na Superedição: o Caderno Zoeira, com forte atenção ao público feminino, trazendo moda, beleza e comportamento; Vida, com informações de saúde e bem-estar para toda a família; o conteúdo do Caderno Jogada terá um reforço com uma maior cobertura das diferentes modalidades esportivas, além de informações atualizadas sobre os jogos do fim de semana. As reportagens especiais que envolvem o jornalismo investigativo e de interesse público serão publicadas com o selo "DOC", estilo documentário. Com a renovação do modelo de chegar ao leitor, o Diário do Nordeste mantém sua atualidade diante do jornalismo em constante mudança com maior busca pela qualidade. Nos últimos anos, o jornal está entre os maiores veículos vencedores dos principais prêmios de jornalismo do País, com reportagens de excelência sobre os mais variados temas.
E em 27 de agosto, o Diario de Pernambuco lançou uma superedição de Fim de Semana. Com distribuição aos sábados e edição digital extra aos domingos, a edição conta com cinco cadernos além de novos segmentos com colunistas exclusivos e mais análises e reportagens especiais. No Caderno 1, o jornal trará as principais notícias da sexta-feira. Já o Caderno 2 oferece conteúdo sobre as editorias de política e economia, além de entrevistas. As notícias locais, assim como os destaques do Brasil e do mundo chegam até o leitor através do Caderno 3, que também apresenta as notícias de Esportes e reportagens do 'Curiosamente'. Educação, Gastronomia, Tecnologia, Saúde, Turismo e o segmento voltado para crianças, o 'Diarinho', também estão incluídos na edição e poderão ser encontrados no Caderno 4. O Caderno 5 traz as atualizações de Cultura, Entretenimento e o roteiro completo do final de semana na cidade. Aos domingos, os assinantes terão acesso à versão digital, com as principais notícias do final de semana, inclusive a rodada do futebol.
A edição conjunta de fim de semana é uma novidade aqui no Brasil. Os leitores indicaram que a edição de sábado tinha (ou ainda têm) uma vida útil muito curta para ser apreciada, uma vez que o jornal de domingo era entregue aos sábados à tarde e já atraía a atenção. Por esse motivo, alguns jornais unificaram os dois jornais em um só, circulando apenas nos sábados. Alguns jornais como o Gazeta do Povo (PR), Diário Catarinense (SC), Jornal de Santa Catarina (SC) e A Notícia (SC) já circulam neste formato. A mudança faz parte do novo posicionamento do jornalismo impresso em tempos de internet. Ah, outra parte dos jornais circulam em edição conjunta de domingo e segunda, como o Correio da Paraíba (PB), Tribuna do Norte (RN) e O Diário do Norte do Paraná (PR). E espero que um dos jornais citados podem criar a edição de fim de semana, circulando apenas de segunda a sábado.
O FIM DO JORNAL DA PARAÍBA NO IMPRESSO
Enquanto isso, alguns jornais impressos fecharam as portas em 2016. Ou migraram para o digital. Como o Jornal da Paraíba, circulou em 10 de abril a sua última edição no impresso. Em um comunicado publicado na edição dominical, a decisão foi anunciada pela direção do jornal na última quinta-feira, 7, e justificou que o motivo "é uma tendência mundial de migração do impresso para as plataformas digitais". E acrescentou também a crise econômica no Brasil "que enfrenta atualmente, atingindo o setor produtivo e provocando milhões de baixas no mercado de trabalho". O comunicado trouxe a trajetória do jornal que foi lançado em 5 de setembro de 1971, em Campina Grande. Em Janeiro de 2002, o periódico passou a circular em todo o estado da Paraíba. Em (quase) quatro décadas e meia, o 'JP' - como é chamado - "defendeu bandeiras, causas e esteve ao lado da sociedade paraibana" e "investiu em credibilidade e contribuiu com o desenvolvimento do nosso estado". Atualmente, o Jornal da Paraíba circulava em duas edições: Campina Grande e João Pessoa. Depois de 12.938 edições, o Jornal da Paraíba permanece, só que, na internet, que em julho, ganhou um novo layout. Com a mudança, as reportegens publicadas seráo divididos por quatro editorias: Política, Vida Urbana, Esportes e Cultura. E olha que gostava tanto desse periódico. Grande parte do meu acervo de jornais são do Jornal da Paraíba. Era bom se o 'JP' mudaria de formato (o moderno berliner) e criaria a superedição de fim de semana - facilitando a circulação de segunda a sábado no impresso, além de mais fotos e gráficos como a previsão do Tempo. Mas... Quem sabe futuramente, o JP volta no impresso com força total. Em 5 de setembro, o Jornal da Paraíba fez 45 anos.
O FIM DO 2º JORNAL MAIS ANTIGO EM CIRCULAÇÃO DA AMÉRICA LATINA
No Rio de Janeiro, o Jornal do Commercio encerrou as atividades em 29 de abril, tanto no impresso, quanto no digital. Cerca de 24 profissionais foram demitidos. Fundado pelo francês Pierre Plancher em 31 de agosto de 1827, o jornal passou a integrar o Grupo Diários Associados, de Assis Chateaubriand, em 1959. Em 2005 expandiu-se, inaugurando sucursais em São Paulo, Brasília e Belo Horizonte, onde passou a ser comercializado em bancas, concorrendo diretamente com outros importantes jornais econômicos brasileiros como Valor Econômico e Gazeta Mercantil. Voltado no segmento econômico, o jornal era o segundo mais antigo em circulação na América Latina. Em contato com o colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, o diretor-presidente, Maurício Dinepi, revela que o motivo do fechamento é a atual crise do setor. Além disso, a empresa deixou de produzir o impresso Diário Mercantil. Com o fim do Jornal do Commercio, o 'Valor Econômico', que no dia 13 de setembro passou a controlar totalmente pelo Grupo Globo depois de 16 anos de parceria com o Grupo Folha, tornou-se o único jornal de economia e negócios em circulação nacional.
REINO UNIDO 1: O FIM DO 'THE INDEPENDENT'
E na Inglaterra, o jornal 'The Independent' deixou de circular no impresso depois de quase três décadas. Em um comunicado ao 'The Guardian', divulgado em 12 de fevereiro, o milionário russo Evgeny Lebedev, proprietário do periódico, disse que o foco será apenas na versão digital. Apesar da transição, Lebedev disse o Independent sempre foi um jornal pioneiro com um histórico de inovação e tem orgulho de uma herança como primeiro título nacional de qualidade verdadeiramente independente da Grã-Bretanha. Fundado em 7 de outubro de 1986, o 'The Independent' teve altos e baixos ao longo dos 30 anos. Em 1990, a tiragem chegava a 423 mil exemplares. Mas veio as dificuldades financeiras e a circulação caiu para 40 mil. Enquanto isso, a publicação teve pontos positivos, como o ênfase a fotos e gráficos na primeira página, a evolução gráfica do jornal e foi pioneiro da Grâ-Bretanha a trocar a versão padrão (broadsheet) pelo tabloide - isso foi em setembro de 2003, que antes da mudança, o periódico foi publicado em duas versões com o mesmo conteúdo de cada um. Em 2010, o 'Independent' criou o tabloide 'i', voltado para o público jovem e com uma tiragem de 292 mil exemplares - maior do que a co-irmã. Lançado há quase seis anos, o periódico vendeu para o grupo escocês Johnston Press por 25 milhões de libras (cerca de 32 milhões de euros). A versão impressa do 'The Independent' foi publicada pela última vez em 26 de março. Antes, no dia 20 do mêsmo mês, o dominical 'The Independent of Sunday' circulou nas bancas à edição de despedida.
REINO UNIDO 2: NOVO JORNAL QUE DUROU APENAS DOIS MESES
Enquanto isso, a Trinity Mirror, que edita os jornais de esquerda Daily Mirror e Sunday Mirror, criou em 29 de fevereiro, o 'The NewDay', que chegou às bancas com um "enfoque alegre, otimista e politicamente neutro". Apesar da queda de vendas dos jornais, que levou o The Independent a anunciar que passaria a ser apenas digital, o novo jornal está convicto de que seu formato garantirá sua sobrevivência. O tabloide tinha 40 páginas, muitas fotos e matérias curtas combinadas com outras de interesse social e sua primeira edição foi gratuita. Depois custaria 25 pence (US$ 0,35). O lançamento do jornal The New Day foi uma surpresa, em um cenário de queda nas vendas e redução da publicidade nos jornais. Em 6 de maio, o primeiro jornal de tiragem nacional lançado no Reino Unido em 30 anos publicou sua última edição. Os proprietários anunciaram que estavam convencidos da viabilidade do papel na era da internet.
O NOVO PROJETO GRÁFICO (ESTRANHO) DO JORNAL DO COMMERCIO
Entre as mudanças gráficas que marcaram 2016, o Jornal do Commercio, no Recife, teve o projeto gráfico 'estranho'. Até o dia 4, o grafismo que existia desde abril de 2011 era muito mais moderno, tanto nas fontes, quanto nos gráficos. Em 5 de abril, o periódico ganhou uma nova fase e além de mudar o grafismo, ganhou uma nova logomarca, passando a se chamar 'JC' - como é chamado. A tradicional bandeira do estado de Pernambuco continua mantido. E não é só isso. O jornal circula apenas dois cadernos, e em todos os dias da semana. O primeiro caderno abriga o noticiário de Política, Economia, Cidades, Opinião, Brasil e Internacional. Já o segundo caderno reúne o conteúdo de Cultura, a coluna Social1 e o noticiário esportivo. O novo grafismo do jornal dividiu opiniões. E não é só o 'JC' que mudou de visual. Nove dias depois, em 14 de abril, o jornal 'Folha de Pernambuco' ganhou um novo layout com mudanças que transitam pela marca, diagramação, topografia e interação com as plataformas digitais, passando também pelas redes sociais.
TRÊS JORNAIS BRASILEIROS ADOTARAM O MODERNO BERLINER
A minha sugestão é que o 'Jornal do Commercio' e 'Folha de Pernambuco' deveria mudar de formato, do standard para o berliner - ou tabloide. Como nos três jornais brasileiros que adotaram o modelo este ano. Em Goiânia, o jornal 'O Popular' adotou o berliner em 3 de abril. Segundo o jornal goiano, a proposta é aliar agilidade e densidade informativa. Além da mudança no formato, o 'Pop' ganhou um novo visual que são divididos em seis editorias. Opinião, Bússola, Notícias, Vida Urbana, Esporte e Magazine - o último circula em separado, assim como os Classificados e os especiais. Em 23 de agosto, o 'Jornal do Tocantins', único jornal impresso que circula diáriamente no estado, ganhou um novo formato e fez uma 'reciclagem' no grafismo nos moldes d'O Popular. Os jornais fazem parte do grupo Jaime Câmara - que controla a TV Anhanguera, emissora afiliada à Globo. E em 15 de novembro, o jornal 'Comércio da Franca', no interior de São Paulo adotou o berliner por recomendação da Associação Paulista de Jornais. O grafismo permaneceu o mesmo. Digo várias vezes que o berliner é o formato mais moderno no atual jornalismo impresso no Brasil e no mundo. É mais prático e fácil de ler.
Aliás, dois jornais fizeram uma mudança diferente. Eles adotaram o berliner nos dias úteis da semana - de segunda a sexta, e aos sábados e domingos, circula o bom e velho 'standard'. É o caso dos diários El Comercio, de Lima, e La Nacion, de Buenos Aires. Os dois jornais têm vida longa. O peruano circula há 177 anos, enquanto o argentino têm 146 anos. Outra curiosidade é que ambos não mudaram de grafismo, apenas alterou algumas seções. Mas achei bacana a iniciativa! E se a moda pega aqui no Brasil...
Imagine se O Globo ou Diario de Pernambuco adotaria a modelo do peruano ou argentino. Aliás, o Diario de Pernambuco teve várias mudanças esse ano. Em 1º de março, teve o grafismo alterado e circula em dois cadernos no meio de semana. Ou três porque o 'Viver' - noticiário cultural, na seção C, está encartado na seção B. Aí o leitor opita se separa ou não. A seção A é dedicado por Política, Economia, Brasil, Mundo, Opinião, Em Foco e Nas redes - substituindo o Filtro. O Local e Superesportes ficam na seção B. Em 1º de dezembro, o jornal criou o 'DP Auto', suplemento automotivo. Como o jornal pertence ao grupo R2, dos irmãos Rands, o 'Diario' mudou de sede pela nona vez. Saiu do prédio dos Diários Associados (ou Sistema Opinião de Comunicação) no bairro de Santo Amaro, para a Avenida Marquês de Olinda, no bairro do Recife Antigo.
JOÃO PESSOA: CANAL 10 MUDA DE NOME E CHAMA TV MANAÍRA
Na Paraíba, a antiga TV Clube Paraíba deixou de usar o nome em 10 de fevereiro. Começou uma série de transformações na emissora afiliada a Rede Bandeirantes na capital do estado. Em 16 de Fevereiro, o Canal 10 entrou o canal digital, só que em caráter experimental. Os programas locais eram transmitidos na redação da casa. Em 14 de Março, foi realizado um café da manhã para apresentar ao mercado publicitário o novo nome e a nova marca, bem como novos estúdios, programas e apresentadores. E o novo nome escolhido pelo público, através de uma enquete nas redes sociais da emissora, foi a TV Manaíra. A grade local da TV Manaíra começou com cinco programas. Em agosto, teve mudanças. O programa Gerardo Filho foi substituído por 'Paraíba S/A', um Talk show sobre empreendedorismo apresentado por Andreia Barros. Em novembro, o noturno Jornal Manaíra, saiu temporariamente da grade. A estação de TV têm 6 retransmissoras pela Paraíba atingindo 19 municípios. Enquanto isso, em Campina Grande, a primeira emissora do estado da Paraíba e do interior da região Nordeste completou 50 anos em 14 de março. a TV Borborema, afiliada ao SBT, ganhou nova logomarca, novos cenários e a implantação do sinal digital na região de Campina.
A EXPANSÃO DA BANDNEWS FM
No dia do lançamento do novo nome do Canal 10 de João Pessoa, foi anunciado a criação da BandNews FM Manaíra, que substituiu a programação musical da Clube FM, que extinguiu toda a sua programação e passou a produzir uma programação com músicas do gênero adulto contemporâneo. Em 2 de maio, a emissora entrou no ar na frequência 103.3 FM, que teve Ricardo Boechat e Eduardo Barão apresentando na Praia de Manaíra. Além de João Pessoa, a primeira rede de rádio all-news transmitida apenas no FM no Brasil entrou no ar na capital do Espírito Santo. Em 23 de maio, a BandNews FM chegou em Vitória na frequencia 90.1 FM. Ao todo, a BandNews FM têm 11 emissoras, incluindo a Brasil Radio - ou a WRSO-AM e W226BT-FM, inaugurada em março em Orlando, nos Estados Unidos, e que conta com grande parte do conteúdo da BandNews FM.
25 ANOS DA CBN
Em 1º de outubro, a Central Brasileira de Notícias completou 25 anos. A primeira emissora de rádio all-news 24h no Brasil foi inaugurada em 1991 e atualmente têm uma rede com 4 próprias e 28 afiliadas no Brasil, transmitidas em AM ou FM. Pra comemorar a data, a emissora exibiu no rádio e na web uma série especial sobre os fatos que marcaram durante duas décadas e meia. No dia do aniversário, a emissora teve uma programação especial com programas com plateia e convidados no estúdio. Dos 25 anos, faço parte da história há dez anos. Inicialmente escutava à rádio nas madrugadas. Hoje, ouço (de vez em quando) na maior parte do dia. Além de ficar por dentro do que acontece no país e no mundo, o que eu mais gosto na CBN é o esporte, como as transmissões do Futebol e do Quatro em Campo - que eu mais gosto e não perco um programa. Aliás, me lembro dos tempos de CBN Esporte Clube que ouvi muito na última década com o Juca Kfouri. Ou seja, escuto no rádio ou na internet, inclusive no APP para smartphone. E até nos podcasts - onde baixo e ouço como quiser - em offline. Sem falar da Semana CBN, onde o internauta pode ouvir a programação dos últimos sete dias. Mesmo com as comemorações do 'jubileu de prata', a CBN perdeu duas afiliações este ano. Uma delas foi em Salvador, que em 1º de novembro, a emissora encerrou a sua programação local e um mês depois, substituiu a volta da Jovem Pan FM na capital baiana, na frequencia de 91,3 FM - que era da Itaparica FM.
DE OPERADORA A PROGRAMADORA: 25 ANOS DA GLOBOSAT
Quem também fez 25 anos em 2016 foi a Globosat. Em 15 de novembro de 1991, começou a operar com quatro canais: GNT, Multishow, Telecine e Top Sport (que, em 1994, adotaria a marca SporTV). Naquela época, a Globosat atuava como programadora dos canais e como operadora que comercializava, instalava, atendia os assinantes, cuidava da manutenção dos equipamentos e dos sistemas de cobrança e ainda enviava uma revista de programação todos os meses para os assinantes. Em 1993, com a criação das operadoras de TV por assinatura, a Globosat passou a se dedicar apenas à programação de canais e, posteriormente, à produção de uma série de programas e séries. Hoje, são 33 canais: 23 lineares, nove pay-per-view e um internacional. Desses 33, 22 são transmitidos em HD. E, ainda, existem oito canais em VOD (vídeo sob demanda). Atualmente, a maior parte da programação dos canais é feita por produtoras independentes. Em comemoração aos 25 anos, a Globosat lançou o canal Globosat 25 Anos na internet, com programação especial aberta para todos os usuários. O acervo da programadora também está disponível no Globosat Play, serviço de 'TV everywhere' disponível para computadores, tablets, smartphones, videogames e smart TVs.
E em 15 de outubro, a Globo News completou 20 anos. Foi o primeiro canal brasileiro de notícias 24h na TV por assinatura.
SBT FAZ 35 ANOS COM ALTOS E BAIXOS
No mundo da televisão, o Sistema Brasileiro de Televisão completou 35 anos em 19 de agosto. A emissora de Sílvio Santos estreou em 1981 em São Paulo. No mesmo ano, foi inaugurada em Porto Alegre e Belém. Durante três décadas e meia, a emissora reforça a imagem única de TV mais popular do Brasil, como diz o colunista do UOL Ricardo Feltrin. Segundo o portal NaTelinha, uma coisa já não faz mais parte da emissora foi a grade voadora. Novelas são exibidas até o final nos seus respectivos horários, programas deixaram de ser cancelados sem avisos prévios e o "Chaves" - que passa mais vezes no canal - parou de aparecer de surpresa em qualquer faixa. Atualmente, a emissora têm 96 emissoras pelo Brasil - sendo 8 próprias e 88 afiliadas, e transmite mais entretenimento e menos jornalismo. Aliás, em 9 de maio, o SBT estreou, de forma tardia, todos os telejornais em alta definição. Mesmo assim, a estação continua exibindo as imagens de estúdio em SD wide (480p), formato padrão 16:9, dando a falsa impressão de estar em alta definição. Por outro lado, as matérias de externas já estão sendo captadas e transmitidas no formato digital (1080i). É...
A NOVA LOGOMARCA DA RECORDTV - E DA RECORD NEWS
E a Record teve transformações em 2016. A emissora ganhou uma nova sede no Rio de Janeiro e uma nova logomarca - de forma 'estranha', que foi adiada em até três vezes neste ano. O novo logo, lançado em 24 de novembro, não tem o mapa da América do Sul na parte central e as três cores nos arcos foram substituídos em tom azulado. Além da nova logomarca, a emissora deixou de se apresentar como TV Record e se lança como RecordTV. E a exemplo de Globo e Bandeirantes, houve também o registro de Grupo Record. A RecordTV têm 100 emissoras - 14 próprias e 86 afiliadas, além de mais de 150 países pela Record Internacional. Entre setembro e novembro, a emissora divulgou em intervalos comerciais um comercial sobre o anúncio da nova marca com a frase 'E você, já se reinventou?'. A nova marca foi apresentada no 'Jornal da Record'.
Enquanto isso, a Record News também mudou de logomarca. Foi em 10 de outubro. Os efeitos 3D e espelhamentos, deu lugar na nova marca a apenas três linhas que juntas formam o símbolo do canal. Um pequeno degradê nas tonalidades de azul foi adicionado. E a tipografia ficou mais fina e ganhou uma cor preta sólida com destaque para as iniciais 'RN' acrescidas de 'Record News'. Além da nova marca, a emissora ganhou novos cenários e novos grafismos, que foram apresentados no programa especial. Além disso o novo logo da emissora ganhou um novo slogan: “Informação para você crescer”. O primeiro canal brasileiro de notícias em sinal aberto completa uma década no ano que vem e têm atualmente 13 emissoras pelo país - sendo 3 são próprias.
OS 60 ANOS DE TELEVISIÓN ESPAÑOLA
Na Espanha, a Televisión Española completou 60 anos. Em 28 de outubro de 1956, a estação iniciou as transmissões em uma villa do Paseo de la Habana, em Madrid. Seis décadas se passaram e a emissora pública foi testemunhado todos os eventos importantes na história da Espanha. Um país que inicialmente gastou 600 dispositivos de televisão, (quando o sinal veio com dificuldades, as variações de tensão electrica) a mais de 100 milhões de telas - entre televisores, celulares, tablets... - prevista no país em 2018. E é que tem crescido a partir de um único canal com duas horas de transmissão para uma ampla oferta de seis canais que emite 24h: La 1, La 2, Canal 24 Horas, Teledeporte, Clan, e TVE internacional, presente em vários países - inclusive o Brasil. Além do Star HD, canal internacional de TVE que transmite programas de entretenimento e ficção em alta definição para as Américas. Este ano, foi lançado um selo comemorativo e um 'streaming' que recorda os programas que passaram na TVE ao longo dos anos. O canal 'TVE 60 años' está disponível até a última semana deste ano. E na minha opinião, a Televisión Española é o principal canal espanhol para os espanhóis e os países que falam o idioma.
A MÍDIA NOS JOGOS OLÍMPICOS
E para encerrar os fatos que marcaram o ano nos meios de comunicação, vamos relembrar como foram a mídia nos Jogos Olímpicos no Rio. Nas transmissões de rádio e televisão, a audiência no Brasil nesta edição foi maior do que a da anterior. Entre os mais vistos foram a cerimônia de abertura, a final do futebol masculino e a cerimônia de encerramento. Segundo dados de audiência divulgados no dia 25 de agosto pela Kantar Ibope Media, 63,4 milhões de pessoas acompanharam pela TV pelo menos 1 minuto de algum evento da Olimpíada nas 15 regiões metropolitanas em que o instituto afere a audiência – o equivalente a 93% dos indivíduos representados na área de medição. Em relação às modalidades, futebol, vôlei de praia e ginástica (juntando artística, trampolim e rítmica) foram as competições mais acompanhadas pela TV. Segundo dados preliminares do comitê Rio-2016, 5 milhões de pessoas assistiram os jogos na TV.
Aqui no Brasil, destaque pelo retorno da Rede Globo, que em 2012 não transmtiu as Olimpíadas em Londres, assim como a Bandeirantes. A emissora paulista teve mais horas de exibição do que a da carioca, 200 (media) para a Band e 140 (media) para a Globo. Além de ter mais espaço na programação e transmitir um segundo canal exclusivo nas plataformas digitais (deveria incluir também na televisão digital terrestre por aqui), o principal destaque da cobertura na Globo é a Glenda Kozlowki, que foi a primeira mulher a narrar um evento esportivo, como na ginástica artística. Sem falar do 'Time de Ouro', que teve os ex-atletas Tande, Giba, Hortência, Maurren Maggi e Gustavo Kuerten, entre outros. Aliás, o Guga ganhou fama nos locais por onde passava e nas redes sociais. Outro destaque foi o estúdio olímpico, que ficava no Parque Olímpico na Barra e abrigava programas da Globo e do canal pago SporTV. Aliás, o SporTV fez a maior cobertura esportiva da história da televisão brasileira com até 16 canais na televisão e 40 sinais via internet, através no APP SporTV Rio 2016. Enquanto isso, a Record, que há quatro anos transmitiu os jogos da capital inglesa com exclusividade na TV aberta, foi razoável nestes jogos. A Record News, canal de notícias da Record, virou (como sempre) o canal temporário de esportes, com vinte horas diárias. Além da Record News, Record, Band, Globo e SporTV, as emissoras que também teve direitos de transmissão destas Olimpíadas são ESPN, Fox Sports e BandSports.
No rádio, destaque para as rádios Globo e CBN. Entre os dias 6 e 21 de agosto, as duas emissoras dedicaram uma programação dedicada a Jogos Olímpicos 24h. A Estação Rádio Globo CBN operava apenas na frequencia AM nas duas cidades: 1220 no Rio e 780 em São Paulo. A transmissão foi disponível também na internet e nos aplicativos das duas rádios - apenas para o território brasileiro. Durante duas semanas, teve informações e transmissões das modalidades como Futebol, Basquete e Vôlei. Confesso que ficou bacana e escutava direto durante o período no APP da CBN - porque aqui onde moro não tinha uma rádio especial. Além disso, as duas rádios transmitiram durante duas semanas antes dos jogos uma série especial contada por uma repórter que cobriu, acredite, dez jogos olímpicos. A jornalista Dorrit Harazim, do jornal 'O Globo', contou uma crônica dividida em dez capítulos publicada nas páginas impressas e on-line do jornal e foram reproduzidas nas duas rádios nas vozes das jornalistas da TV Globo: Glenda Kozlowski, Cristiane Dias, Carol Barcellos, Luciana Ávila; e a nova geração de jornalistas esportivas da Rádio Globo e CBN: Ana Thaís Matos, Camila Carelli, Mayra Siqueira e Carla Matera. Para ouvir a série especial, clique aqui. Além das duas emissoras do Sistema Globo de Rádio, o Grupo Bandeirantes de Comunicação também teve direitos de transmissão das Olimpíadas em parceria com as rádios Bandeirantes, BandNews FM e Bradesco Esportes FM. A Rádio Gaúcha, do Grupo RBS, foi a única do Rio Grande do Sul a transmitir os jogos.
Na mídia impressa, os jornais da cidade do Rio de Janeiro ganharam destaque. Uma delas é os jornais O Globo e Extra, que ambos envolveram o conteúdo olímpico no impresso e no online. Durante os dias dos jogos, O Globo criou um caderno especial com edições em inglês e espanhol, que ambos foram distribuídos gratuitamente no Parque Olímpico, Vila Olímpica e Boulervard Olímpico do Porto. E essa iniciativa me lembra de Zero Hora, que durante as partidas da Copa do Mundo FIFA no Brasil circularam as edições bilíngues em alguns pontos de Porto Alegre. Falando em ZH, o jornal gaúcho também produziu o conteúdo olímpico num caderno especial, o 'ZH Olímpica'. Enquanto alguns jornais do Brasil se dedicaram a cobertura olímpica em cadernos especiais, outros como A Tarde, Jornal do Commercio e Diário Catarinense se 'ignoraram' e produziu o noticiário olímpico dentro do primeiro ou segundo caderno.
A 31ª edição dos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro foi uma das primeiras a transmitir totalmente em alta definição - onde telespectadores de todas as capitais e cidades do interior do páis foram assistir com imagem de 1080i. E também em tecnologias que a qualidade é muito maior do que o de HDTV: 4K e 8K. É a TV do futuro chegando.
No próximo post, as personalidades que nos deixaram em 2016.
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*Com informações e apoio do: Diário Catarinense, Jornal de Santa Catarina, Zero Hora, Blog SULBRTV, Notícias do Dia, RICMAIS, Folha de S. Paulo, Meio&Mensagem, Portal IMPRENSA, O Estado do Maranhão, Diário do Nordeste, Diario de Pernambuco, Jornal da Paraíba, Mais PB, O Dia, O Globo, Portal Comunique-se, G1, Agencia France Presse, Jornal do Commercio, Folha de Pernambuco, Portal Cidade de Paudalho, O Popular, Jornal do Tocantins, GCN.NET.BR, El Comercio, La Nacion, TV Manaíra, TudoRádio.com, CBN, Site Agora na Bahia, Correio*, UOL, Portal NaTelinha, Bastidores da TV, Estadão, Portal 4, Comunicadores.info, RTVE.es, Radio Globo e VEJA.com.
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