quarta-feira, 29 de julho de 2015

O Globo: Um jornal de evolução há 90 anos



Nesta quarta-feira, o jornal O Globo, do Rio de Janeiro, completa 90 anos. É um dos mais modernos do Brasil e faz (e continua fazendo) diferença no passado, presente e futuro.

O jornal foi fundado em 29 de julho de 1925, pelo jornalista Irineu Marinho (1876-1925). Naquela época, o periódico era vespertino. Nesse dia foram lançadas duas edições do jornal, num total de 33,4 mil exemplares. Um dos princípios editoriais do vespertino era buscar a notícia em todos os setores da cidade, marca que permaneceu ao longo de toda a sua história. Quase um mês depois do seu lançamento, Irineu faleceu e foi herdado pelo seu filho Roberto Marinho (1904-2003), que trabalhava na empresa como repórter e secretário particular do pai. Entretanto, Roberto preferiu deixar o comando da empresa nas mãos do jornalista Euclydes de Matos, amigo de confiança de seu pai. Somente assumiu o controle da empresa após a morte de Euclydes, em 1931.

Ao longo de nove décadas, o jornal O Globo teve muitas evoluções. Foi o primeiro jornal do Brasil a publicar uma telefoto (ou imagem transmitida via rádio) e a primeira da América Latina a publicar imagem em cores. Além da criação de uma edição dominical e da padronização de títulos e textos.


Em 20 de dezembro de 1995 - faltando doze dias para o início de 1996, o jornal O Globo ganhou o projeto gráfico que foi desenvolvido em New York City pelo escritório dos designers Milton Glaser (criador de um dos ícones de maior sucesso do mundo, o de "I Love New York", com um coração no lugar da palavra 'love') e Walter Bernard. O grafismo do jornal adotou uma tipologia mais moderna, um logotipo adaptado às cores da bandeira brasileira e um novo conceito de redação. Em 1996, o jornal O Globo lançou o seu portal na internet, e no início de 1999, foi inaugurado o novo parque gráfico que fica em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, e ocupa uma área de 175 mil metros quadrados, considerado o maior da América Latina.

Em 29 de julho de 2012, o jornal O Globo teve a sua 'reciclagem' gráfica - que está até hoje. O atual grafismo do periódico é desenvolvido pela Cases i Associats, de Barcelona, na Espanha, e muito diferente do grafismo anterior que durou 17 anos. Ainda em 2012, só que antes da reforma gráfica na versão impressa, o jornal O Globo lançou em janeiro o primeiro vespertino digital do país, chamado de 'O Globo a Mais', que era disponível para iPad. O 'vespertino digital' durou três anos e deixou de circular em maio deste ano. Em 2013, lançou o seu acervo digital que resgata a memória do jornal.

Atualmente, O Globo é o segundo maior jornal do Brasil em circulação paga, atingindo uma tiragem de 204 mil exemplares - segundo dados do Instituto Verificador de Circulação em 2014, tirando as assinaturas digitais. Artur Xexéo, Fernando Calazans, Renato Maurício Prado, Merval Pereira, Pedro Doria, Elio Gaspari, Patrícia Kogut, Miriam Leitão e Ancelmo Gois são os principais colunistas do periódico. Além do Primeiro Cardeno (que inclui 'País', 'Rio', 'Economia' e 'Mundo' - além das outras seções como 'Ciência' e 'História', por exemplo), os cadernos e suplementos d'O Globo são 'Segundo Caderno', 'Esportes', 'Boa Viagem', 'Prosa', 'Revista da TV' e 'RioShow'. além dos Classificados e os tradicionais 'Ela' e 'Jornais de Bairro'. Alguns suplementos já passaram pelo jornal como 'Megazine'.

Capa da edição de 31 de dezembro de 1999 que foi
finalista do Prêmio Esso 2000.
Ao longo das cinco décadas, o jornal O Globo teve fatos marcantes, como a chegada do Homem a Lua (1969), os Atentados Terroristas do WTC em New York City (2001), a morte da princesa Diana (1997), os casos de violência no Rio como a chacina na favela do Vigário Geral (1993) e a invasão do Complexo do Alemão (2010), o naufrágio do 'Bateau Mouche' que matou 38 pessoas em pleno réveillon de 1989, o crime ambiental na Baía de Guanabara (2000 - que conquistou Prêmio Firjan de Jornalismo Econômico de 2001 pela categoria Fotografia), e as conquistas da seleção nas Copas do Mundo de 1958, 1962, 1970, 1994 e 2002. Mas o principal destaque é a edição histórica no final dos anos 1990. Cerca de 20 mil pessoas se reuníram no Forte de Copacabana para tirar a foto para publicar na primeira página da edição de 31 de dezembro de 1999, saudando os leitores para a chegada do novo ano e do novo milênio. O resultado deu certo e foi finalista do Prêmio Esso de 2000.

E tenho muita relação com o jornal O Globo. Eu vi o jornal pela primeira vez no final de 2001, quando estava morando na Ilha de Itaparica. Pena que não guardei naquela época. Aliás, o que eu mais gosto n'O Globo é o grafismo do jornal. Se aquele de 1995 foi muito bom, o do atual é melhor ainda. Além disso, eu acompanho também na internet e nas redes sociais. Mas eu tenho duas recordações do jornal O Globo que estão guardadas no meu acervo de jornais que coleciono desde 2006. A primeira é a do início de 2006 e a segunda é no final de julho de 2007 - onde destacava os Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro. Abaixo você vê as imagens das duas edições d'O Globo.




E olha que tenho mais fotos, mas quando chegar a edição de nº 30.000, eu posto mais imagens sobre as notícias (e curiosidades) que viraram destaque no periódico.

Aos funcionários do jornal O Globo, da diretoria aos jornalistas, passando pelos redatores, colunistas e fotógrafos, dou os parabéns pelos 90 anos. Um periódico que, como diz os dois slogans, é 'muito além do papel de um jornal' que 'muda a histótia do nosso tempo'. Merece o #TroféuWilliamBonner de hoje.

Fonte e Pesquisa: Memória O Globo, Agência O Globo e Wikipedia

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sexta-feira, 17 de julho de 2015

Moderno e inovador, 'Brasil Econômico' circula pela última vez a versão em papel


Capa da última edição do Brasil Econômico.
Mais um jornal impresso que sairá de circulação no Brasil. O jornal 'Brasil Econômico' encerra nesta sexta-feira, 17, a versão em papel. Segundo o portal Meio&Mensagem, o motivo do fechamento são as questões financeiras. Ao todo, serão demitidos cerca de 40 profissionais - entre jornalistas e diamagradores. Ainda de acordo com o portal, a Ejesa (Empresa Jornalística Econômico S.A.), empresa pertencente ao grupo português Ongoing e responsável pela publicação do periódico, ainda não se pronunciou sobre o assunto. Outro problema é que os funcionários já vinham sentindo os problemas financeiros do 'Brasil Econômico', que vinha atrasando pagando de salários e de outros direitos trabalhistas. Ainda segundo informações internas, o grupo vinha sofrendo com diminuição de receitas publicitárias e atrasos de pagamento por parte de anunciantes.

Lançado em 8 de outubro de 2009, o 'Brasil Econômico' tornou-se o segundo maior jornal financeiro do país, atrás do Valor Econômico. Faz parte do grupo português Ongoing e Ejesa. O jornal tinha um formato tabloide (ou berliner 'compacto') e com papel salmão. O diário era voltado para os clientes do mercado corporativo e com um grafismo parecido como os outros jornais do mundo. Os colunistas do periódico são: Heloisa Vilela, Erica Ribeiro, Nelson Vasconcellos, Rogério Studart, entre outros. Em 2013, a sede da operação foi transferida de São Paulo para o Rio de Janeiro, onde são publicados os demais títulos da Ejesa: Meia Hora e O Dia. Segundo o jornal 'O Estado de S. Paulo', o fim do 'Brasil Econômico' já estava discutido há alguns meses. Durante 1.473 edições do jornal, não houve informações oficiais sobre a circulação, já que não tem a medição do Instituto Verificador de Circulação.

Além do 'Brasil Econômico', outros três jornais encerraram as versões impressas no Brasil este ano. Em 8 de abril, a Empresa Jornalística Pampa anunciou o fim da edição de papel de 'O Sul', de Porto Alegre. Mas no dia seguinte, o periódico continua funcionando, só que na versão digital na Internet. Também no mês de Abril, só que no dia 15, 'O Jornal de Hoje', de Natal, anunciou o encerramento da versão impressa que foi publicado no dia 30, após 17 anos e 5.222 edições. O diário também migrou para a internet. No início de maio, o Diário Oficial de Pernambuco circulou a versão impressa pela última vez, como informou Inaldo Sampaio, do Jornal do Commercio. A Companhia Editora de Pernambuco é responsável pela publicação desde 1924 e continua publicando decretos e leis dos poderes Executivo, Legislatico e Judiciário para a Internet. Durante nove décadas, o número de páginas atingiu em média 400 páginas, mas nos últimos anos, reduziu para 48 ou até 72, além da tiragem que diminuiu de 8 mil para 700 exemplares, informou a reportagem da TV Globo Nordeste.

A diminuição de páginas e circulação e a alta do preço e do dólar são alguns dos motivos que geraram cortes e demissões de funcionários. O portal Meio&Mensagem listou oito jornais que encerraram a versão impressa durante seis anos. Mas destaco também três jornais que não foram listados no site. Em 2012, os jornais 'O Norte', 'Diário da Borborema' e 'Diário de Natal' fecharam as portas. Em fevereiro, os dois jornais do Estado da Paraíba encerraram as atividades. A situação se repetiu no 'DN' em outubro. Em três casos - como falei neste blog, o anúncio foram recebidos de surpresa tanto para os funcionários, quanto para os leitores. Os três periódicos faziam parte do grupo Diários Associados e metade das produções eram feitas no Recife. Com o fim do 'Brasil Econômico', serão quatorze jornais que foram fechados ou encerraram as edições impressas no Brasil em apenas seis anos.

É triste quando um jornal impresso sai de circulação. Nos últimos meses, percebi que vários jornais fizeram alterações e reduziu páginas. Mas em tempos de internet, a mídia impressa continua imortal. E sempre será no presente e no futuro.

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quinta-feira, 9 de julho de 2015

Pan de Toronto é um 'esquenta' para os Jogos Olímpicos no Rio em 2016!


Os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro começa daqui há quase um ano. Isso todo mundo sabe... Mas quem mora aqui nas Américas, o 'espírito olímpico' vai dar a largada com os Jogos Pan-Americanos, que ocorre a cada quatro anos e que antecede às Olimpíadas. A décima sétima edição do evento esportivo será em Toronto, no Canadá, e começa nesta sexta-feira, 10, e vai até o dia 26 deste mês. É a terceira vez que o país sediará o evento, sendo que as duas últimas edições anteriores foram em Winnipeg, tanto em 1967 quanto em 1999. Três dias antes da cerimônia de abertura oficial, no dia 7, vai realizar o primeiro evento do polo aquático. Aproximadamente 6 mil atletas dos 41 Comitês Olímpicos Nacionais das Américas são esperados para competir em 28 esportes, entre as modalidades estão Atletismo, Basquete, Ciclismo, Natação, Triatlo, Voleibol e até Rugby. Aliás, desde anteontem, terça-feira, já estão acontecendo as partidas do Polo Aquático, tanto no masculino, quanto no Feminino.

Vista da cidade de Toronto, onde ao lado do CN Tower,
fica o Rogers Centre, onde realizará algumas competições do Pan'.

O 'Time Brasil' vai contar com mais de 600 atletas para o 'Pan' no Canadá. Em entrevista ao portal GLOBOESPORTE.COM, o diretor executivo de esportes do Comitê Olímpico Brasileiro, Marcus Vinicius Freire, afirma que não importa o número de medalhas no 'Pan' de Toronto, e diz que objetivo no evento é ficar entre os três primeiros no quadro de medalhas e, principalmente, dar o último passo na preparação visando os Jogos Olímpicos de 2016, que será no Rio de Janeiro. Vale lembrar que nas duas últimas edições dos Jogos Pan-Americanos, o Brasil ficou em terceiro lugar no quadro geral de medalhas, tanto no Rio de Janeiro (2007), quanto em Guadalajara (2011). Na última edição no México, o país conquistou 48 ouros, 35 pratas e 58 bronzes, totalizando 141.

Centro Aquático dos Jogos Pan-Americanos, onde
parte do investimento foram dos estudantes da Universidade.
As cerimônias de abertura e encerramento dos Jogos Pan-Americanos de Toronto serão realizadas no Rogers Centre, que por razões de patrocínio será chamado de Sede Pan-Americana de Cerimônias durante os Jogos. Dentre algumas instalações na cidade estão o Estádio de Exposições, os Campos Pan e Parapan-Americanos, o Centro de Exposições e o Centro Aquático Pan e Parapan-Americano. Além de Toronto, outras cidades espalhadas por Ontário irão sediar os Jogos, como Hamilton, Minden Hills e Welland. Segundo o Comitê Organizador do 'Pan', foram investidos cerca de R$ 6,5 bilhões, considerado o mais caro da história.

E os Jogos Pan-Americanos serão transmitidos no rádio e na televisão - como sempre. Aqui no Brasil, o 'Pan' vai passar na TV Record, na Record News - ambas na TV aberta - e o canal de TV por assinatura SporTV. Mas dou destaque para a rede de TV canadense CBC, que pela primeira vez, irá transmitir os jogos em ambas as línguas oficiais do Canadá, onde parte do país fala inglês e a outra parte fala francês.

Além do 'Pan', vão ser também realizados os jogos Parapan-Americanos que será entre os dias 7 e 15 de agosto. Os Jogos Pan-Americanos será uma 'esquenta' para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, que será no ano que vem. É pra sentir o clima.

*Com informações de GLOBOESPORTE.COM e Wikipedia.

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