A última versão da Kombi |
A história da Kombi é assim: Tudo começou no final da década de 1940, quando o importador holandês Ben Pon idealizou o veículo. Nos primeiros anos, passou por testes e o utilitário ganhava as ruas no dia 8 de março de 1950.
No Brasil, a Kombi foi fabricado pela primeira vez em 2 de setembro de 1957, e tornou-se o primeiro veículo da Volkswagen no Brasil, antes do Fusca, outro carro que virou mania nacional.
Ao longo dos 56 anos, foram várias transformações da Kombi. O Brasil é o único lugar onde o modelo ainda é produzido e o que está há mais tempo em produção. O modelo fabricado no Brasil foi exportado em alguns países (com exceção da Alemanha), inclusive na América Latina.
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A Kombi passou por mudanças: em 1976 ( Versão Clipper) e em 1997 (Versão Carat), ambos famosos. Em 2006, teve outra mdança, só que da frente. O modelo é tão famoso que ganhou tipos: Standard, Furgão, Picape (com ou sem cabine dupla) e até com 6 portas.
A palavra Kombi, vem do alemão chamado 'Kombinationsfahrzeug', que quer dizer: 'Veículo Combinado' (ou multi-uso).
Durante o período, o utilitário já foi usado como ambulância, viatura policial, veículo de Corpo de Bombeiros, veículo de lazer, escritório volante, biblioteca circulante, lanchonete, carro funerário, mini-banca de revistas e jornais e até como carro de reportagem de TV ou rádio.
E não é só isso! O veículo utilitário da Volkswagen virou protagonista do filme 'Pequena Miss Sunshine', da Fox Films, de 2006.
E deste que vos escreve, já andei muito (e continuo andando até hoje) na Kombi durante o período. Quando eu morava na Bahia, na Ilha de Itaparica, a Kombi é usado (a maioria) como transporte intermunicipal e (até hoje, se eu não me engano) é o principal transporte da Ilha de Itaparica. A cada viagem, eu andava numa Kombi para ir ao colégio, ao hospital, a praia, e até a travessia que liga a Ilha à capital, Salvador. Quando eu cheguei aqui em Caaporã, na Paraíba, em junho de 2004, eu andava no utilitário como transporte. Nos primeiros anos, eu andava na Kombi para eu ir até a capital, João Pessoa, pouco tempo depois, eu ando no utilitário para eu ir ao colégio e até Goiana, em Pernambuco. Foram vários momentos (bons e ruins) em que eu andava na Kombi durante a minha vida. E que eu ando nela até hoje!
No dia 14 de agosto, a Volkswagen brasileira anunciou o fim da produção da Kombi após cinco décadas e meia de serviços prestados à população. O fato já era esperado uma vez que não é possível adaptar ao veículo utilitário o airbag duplo e o sistema de freios ABS que serão obrigatórios em todos os veículos novos no Brasil a partir do ano que vem.
O fim dessa trajetória será marcado com uma série especial chamada 'Kombi Last Edition'. Com produção limitada a 600 unidades, a edição especial será oferecida a partir deste mês com preço sugerido de R$ 85 mil.
E aí eu pergunto: 'Com a extinção da Kombi a partir do ano que vem, a VW vai ficar sem veículos utilitários no Brasil?' É claro que não, né?! A VW anunciou a substituta da Kombi: é a Transporter T5, que, na Alemanha, o modelo da VW vem com o sobrenome "Kombi" - e está três gerações à frente. Se a opção for se tornar realidade, o automóvel terá tanto versões para o "trabalho duro" (com motor 2.0 aspirado de 115 cavalos de potência e câmbio manual de cinco marchas), como também mais luxuosas (Multivan Comfortline, com motor 2.0 turbo, a gasolina, de 204 cavalos, além de câmbio automatizado e capacidade de até sete lugares). O Transporter T5 pode ser chamado de 'A Nova Kombi'.
Enfim, a velha Kombi vai deixar saudades. Sempre e será um utilitário ETERNO!