segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Morte do cinegrafista da Band por dois 'baderneiros' foi uma cena de selvageria



A morte do cinegrafista da TV Bandeirantes Rio, Santiago Almeida, atingido por rojão pelo Black Bloc's durante o protesto contra o aumento da passagem de ônibus no Rio de Janeiro, deixou, não só a imprensa brasileira, mas o povo brasileiro revoltados.

O protesto começou com toda paz em frente a Igreja da Candelária, no Centro do Rio, no dia 6. Quando os manifestantes chegaram em frente ao Central do Brasil, onde houve confrontos com a Polícia. No meio da confusão, estavam os dois 'marginais'. Fábio Raposo entregou o rojão ao outro 'marginal' Caio Silva de Souza, que, no vídeo gravado pela TV Brasil, e analisado pelo perito Nelson Manssini pelo Jornal Nacional, na Globo no dia 8, o homem apontou como Caio lança rojão próximo ao cinegrafista, que estava trabalhando normalmente. O artefato atingiu o cidadão de bem na cabeça e provocou um afundamento do crânio. Santiago foi levado com vida ao Hospital Municipal Souza Aguiar, mas o estado de saúde se agravou e ficou em coma. Quatro dias depois, os médicos anunciaram a morte cerebral do camera-man.

A Polícia e a Justiça foi atrás dos 'marginais'. No dia 8, Fábio Raposo foi se apresentar na delegacia e relatou ter entregue o rojão ao Caio. Na manhã do dia 9. A justiça decretou a prisão temporária do Raposo.


Já o segundo acusado de matar o cinegrafista, tentou fugir para o Ceará, se esconder na casa do avô na cidade de Ipú. Mas a viagem de ônibus foi interrompida na Bahia, quando Caio saiu da rodoviária para descansar numa pousada com o nome falso chamado 'Vinícius Moraes de Castro', a Polícia Federal foi pegar o acusado. Aí, 'Deu Águia' para o Caio Silva de Souza e 'a casa caiu', quando foi preso pela Polícia na madrugada do dia 12, em Feira de Santana, BA, que fica a mais de 100 km da capital, Salvador, e a 1,5 mil km do Rio de Janeiro. Em entrevista exclusiva a TV Globo, pela Bette Lucchese, Caio confessou que acendeu o rojão e alegou logo após a prisão que não sabia que o artefato era um rojão, e sim o explosivo conhecido como 'cabeção de nego'. Junto com a Polícia, eles saíram de Feira de Santana para Salvador, onde voltaram para o Rio de Janeiro. Segundo o advogado Jonas Tadeu, Caio disse ainda que recebia dinheiro para ir aos protestos.

Em Brasília, cinegrafistas cruzaram os braços no Congresso,
para pedir segurança para os cinegrafistas.

Durante a fuga, vários profissionais de imprensa se solidarizaram com o cinegrafista e no Rio e em Brasília, os cinegrafistas deixaram as câmeras do chão para protestar de braços cruzados. Eles pediram pela segurança dos profissionais. No dia 13, o corpo do camera-man Santiago Andrade foi velado e cremado no Rio de Janeiro. Vários amigos e colegas de trabalho, se despediram com demonstrações de carinho e saudade. Mas a principal cena durante o velório de Santiago, foi a repórter da Band Rio, Camila Grecco, que não segurou a emoção e chorou no final do link ao vivo.



Uma semana depois da selvageria, a Polícia concluiu o inquérito de 175 páginas, e aponta que Caio Silva de Souza e Fábio Raposo foram indiciados por homicídio doloso eventual, ou seja, segundo a polícia, eles assumiram o risco de matar. O documento foi entregue ao Ministério Público pelo delegado Maurício Luciano, responsável pelas investigações.

Os dois que deixaram o foguete que disparou e matou o cidadão de bem e que trabalhava normalmente, são os suspeitos 'covardes', 'bandidos' e 'marginais'. E que esses 'desonestos' devem ser punidos. E vale também para a ativista Elisa Quadros, que tem o nome feminino com o apelido masculino, e chamada de 'Sininho', que é um nome esquisito e estranho. Porque além de mentir que um dos autores que fez a selvageria era ligado ao Deputado Estadual do PSOL, Marcelo Freixo, chamou a imprensa de 'um bando de carniceiros'. Na verdade, 'carniceiros' são o (ou a ativista) Sininho e os dois deselegantes. Esse sim, são 'um bando de carniceiros'.

Desde já, eu faço solidariedade para a família de Santiago Almeida, para que eles tem força e vida que segue. Para os jornalistas, dou quatro palavras: CORAGEM, DEDICAÇÃO, SERIEDADE e CREDIBILIDADE. E isso vale também para os futuros jornalistas. Afinal, o jornalista (ou repórter) é um contador de histórias. É a vez e a voz das pessoas. Como diz um Editorial da Globo no dia 10, 'sem cidadãos informados, não existe democracia'. Para as autoridades, que façam as providências o mais rápido possível. A Copa e as Eleições Presidenciais vem aí, e tem que 'se virar nos trinta', principalmente na segurança. E que nos próximos protestos sejam de PAZ e TRANQUILIDADE. E que os 'baderneiros' de plantão sejam excluídos.

Afinal, ninguém aquenta mais!