domingo, 4 de maio de 2014

Zero Hora faz cinquentenário com nova logomarca, conteúdo e projeto gráfico



Neste domingo, 4, o jornal Zero Hora, de Porto Alegre, comemora 50 anos. São cinco décadas levando informação e credibilidade aos gaúchos.

Antiga sede do jornal Zero Hora, no Centro de
Porto Alegre, que hoje, abriga a sede da 'ZH Classificados'.
O jornal foi fundado em 4 de maio de 1964, no prédio que fica na Rua Sete de Setembro, no Centro da capital gaúcha. Em 1969, o jornal foi transferido para a nova sede na Avenida Ipiranga, no bairro Azenha, onde fica até hoje. Em 1970, o jornal foi comprado pela Rede Brasil Sul de Comunicações, que na época era comandado por Maurício Sirotsky Sobrinho. No mesmo ano, o jornal passou a ser impresso em rotativa off-set e começou a ganhar cores. Em 1973, um incêndio destruiu parte do prédio da ZH, mas o jornal não parou de funcionar e foi impresso nas rotativas do Jornal do Comércio de Porto Alegre.

Na década de 1980, o jornal ganhou uma logomarca que foi desenhado pelo Hans Donner, aquele que faz os logos da Rede Globo e dos programas da mesma emissora. Em 1988, a informatização chegou a Zero Hora com teclados e monitores, que foram desenvolvidos especialmente para redações de jornais pela empresa norte-americana CSI. A Redação também mudou do térreo para o quarto andar do prédio e o processo foi gradual: cada editoria do jornal passou por um treinamento prévio e depois subiu para a nova Redação, deixando para trás as máquinas de escrever e passando a conviver diretamente com o sistema informatizado. Em 1989, Zero Hora alterou o projeto gráfico pela primeira vez. Nesse ano, o jornal abandonou o estilo de capa semelhante a um cartaz, com manchetes e títulos em letras maiúsculas, por títulos em tamanhos e letras menores, mais sóbrios e suaves. Era um momento diferente para o jornal que passava a não depender exclusivamente de venda avulsa e tinha uma carteira sólida de assinantes.

Sede da Zero Hora, no bairro de Azenha, em Porto Alegre.
A década de 1990 foi de muitas mudanças no jornal. Em maio de 1994, Zero Hora alterou a logomarca em letras maiúsculas, disposto em uma linha, no estilo dos logos de jornais espanhóis como El País e El Mundo. A partir desse novo logotipo, ZH aposta em uma manchete grande, em letras minúsculas, e uma foto dominante, no estilo foto-legenda já que, necessariamente, não é ligada à manchete. A colunagem da capa segue a do jornal em 5 colunas. Em meados de 1995 ou 1996, o sistema CSI deu lugar aos microcomputadores e os jornalistas do jornal passaram a conviver com o mouse. E a internet passou ao dia-a-dia da Redação de ZH em 1998 e propiciou um ganho extraordinário na cobertura em textos e fotos da Copa do Mundo da França.

Em meados de 2004 ou 2005, o jornal alterou mais um projeto gráfico. Em 19 de setembro de 2007, lançou o site ZEROHORA.com, que apresenta notícias atualizadas 24 horas por dia, sete dias por semana, mais a versão impressa do periódico. Em 2009, ano em que o jornal completou 45 anos, Zero Hora inaugurou o Parque Gráfico Jayme Sirotsky, em 26 de junho. Fruto de investimento de R$ 70 milhões, a obra garantirá maior rapidez e qualidade de impressão a Zero Hora. Erguido na Avenida das Indústrias, 748, zona norte da Capital, próximo ao Aeroporto Internacional Salgado Filho, o parque gráfico permitirá a impressão de 75 mil exemplares de ZH por hora – ou 20,8 jornais por segundo. O limite de páginas coloridas por caderno de ZH, que hoje é de 48, sobe para 64. Além da qualidade de impressão, os leitores ganharão em agilidade, porque ZH estará mais cedo nas ruas. A tecnologia do parque não se restringe às máquinas, que serão operadas por cerca de 130 profissionais. O prédio foi construído segundo as últimas normas de cuidados ambientais. Sendo assim, é um dos maiores parques gráficos do Brasil. Um dia depois da inauguração, no dia 27 de junho, o projeto gráfico do jornal foi 'reciclado'.

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Em 2010, a versão digital da ZH impressa começou a ser restrito. Em 30 de julho, o site pede que os internautas façam um cadastro para ler a edição impressa, tanto no texto, quanto na versão flip (esse último foi desde janeiro). No dia 8 de setembro, a versão digital da ZH impressa foi totalmente restrita para os assinantes do jornal. Em agosto de 2012, Zero Hora passou a cobrar por todo conteúdo digital e se tornou o segundo jornal do Brasil a adotar o #paywall. Qualquer pessoa poderá, gratuitamente, acessar até 20 links por mês. Ao chegar à 30ª notícia, o acesso é bloqueado e é enviada uma mensagem com o oferecimento das opções de assinatura. A assinatura digital de Zero Hora, junto com o #paywall, custa R$ 4,90 nos dois primeiros meses, a partir do terceiro mês, o preço aumenta para R$ 36,90.

Em 2014, Zero Hora inova e três dias antes de comemorar o cinquentenário, o jornal lançou na última quinta-feira, dia 1º, Feriado do Trabalhador, uma nova fase, que é uma das mudanças mais importantes da história. A começar pela logomarca que passou a ser chamada de 'ZH' e o triângulo amarelo que simboliza o universo do jornal multiplataforma. Mudanças também na edição impressa, que no primeiro caderno, as editorias de Política, Economia, Mundo, Geral e Polícia, se juntaram e viraram a editoria 'Notícias'. Ainda no Primeiro Caderno, estreia a nova editoria 'Sua Vida', que traz um conjunto de informações que tratam da vida real das pessoas, como comportamento, educação, saúde, qualidade de vida e mobilidade urbana. Além da editoria de 'Esportes', que circula no Primeiro Caderno de terça a domingo; e do Segundo Caderno. Na edição dominical, o Zero Hora estreia o caderno 'PrOA', que vai ampliar o espectro de temas e ganha tratamento diferenciado, e trará para as páginas do jornal discussões locais, nacionais e internacionais. Além da edição impressa, Zero Hora teve uma 'reciclagem' na versão online, e também para Android e iOS (para tablet e smartphone). Para o editor de Arte dos Jornais do Grupo RBS, Luiz Adolfo Lino de Souza, a ideia é ter uma Zero Hora que combine páginas de jornal com páginas de revista, dependendo do tratamento pedido pelo tema.

Parque Gráfico de Zero Hora, no bairro São João, em
Porto Alegre, onde rodam as edições de Zero Hora,
onde são impressos 75 mil exemplares por hora.
Atualmente, Zero Hora circula diariamente com uma tiragem de 184.566 exemplares, de acordo com o Instituto Verificador de Circulação em junho de 2013. É o 6º maior jornal do país e a Nº1 do Estado e da Região Sul. Os colunistas são Paulo Sant'Ana, Carolina Bahia, Cláudia Ioschpe, David Coimbra, Túlio Milman, Rosane de Oliveira, Roger Lerina, Vanessa Nunes, Cláudia Laitano, entre outros 80 colunistas. Além do Primeiro Cardeno, os cadernos de ZH são 'Segundo Caderno', 'Caderno de Esportes', 'Viagem', 'Casa&Cia', 'Sobre Rodas', 'Digital', 'Vida', 'Campo&Lavoura', 'Kzuka', 'Gastronomia', 'Vestibular'. Na edição dominical, os cadernos são 'Dinheiro', 'TV+Show', além dos Classificados e o tradicional 'Donna'. 'Meu Filho', 'Globaltech', 'Cultura', 'Ambiente' e 'Nosso Mundo Sustentável' são os alguns suplementos que já passaram pelo ZH.

Ao longo das cinco décadas, o jornal Zero Hora teve fatos marcantes, como a chegada do Homem a Lua (1969), a visita do Papa João Paulo II em Porto Alegre (1980), a neve em Porto Alegre (1984), os Atentados Terroristas do WTC em New York City (2001), a Tragédia na Boate Kiss em Santa Maria (2013), e as conquistas da seleção nas Copas do Mundo de 1970, 1994 e 2002.

O meu caso com a Zero Hora
Foram muitos momentos que convivi com a Zero Hora, da minha adolescência até hoje. Eu comecei a ler o Zero Hora em agosto de 2008, pela versão digital, onde acessava de vez em quando na lan-house. A partir de dezembro do mesmo ano, eu acompanhava todos os dias, principalmente na edição impressa, que foi um dos primeiros jornais impressos que eu li no computador. Depois que a versão flip de ZH foi restrita aos assinantes e o conteúdo online no site aderiu ao #paywall, parei de ler o jornal todos os dias, mas continuo atualizando o site de Zero Hora de vez em quando. Mesmo assim, não deixei de ser um leitor-assíduo de Zero Hora. Se eu li a versão impressa de ZH na adolescência, eu estou com muita vontade de ler a ZH de papel pra ver como é o jornal. Apesar de morar próximo a cidade de João Pessoa, na Paraíba, imagine se os jornais do Sul, inclusive o Zero Hora, estaria vendendo nas bancas de jornal nas grandes cidades da região Nordeste do Brasil. E é uma boa sugestão para a diretoria do jornal. E mais, a nova logomarca e o novo projeto gráfico da ZH ficou muito ótimo! Muito mais moderno, bonito, criativo e diferentes das outras edições da ZH que eu acompanhei nos últimos seis anos e dos outros jornais do Brasil. E, por coincidência, o projeto gráfico, principalmente a capa, vai ficar muito parecido do que o jornal impresso, de Recife, que eu leio, com criatividade e modernidade. Apesar das mudanças, a Zero Hora não deixa o compromisso e a credibilidade de levar a informação todos os dias para os gaúchos e brasileiros.

A equipe que faz a Zero Hora acontecer.

Aos funcionários de Zero Hora, da diretoria aos jornalistas, passando pelos redatores, colunistas e fotógrafos, dou os parabéns pelos 50 anos do melhor jornal do país. Merece o #TroféuWilliamBonner de hoje.

Fonte e Pesquisa: Zero Hora e Wikipedia