quarta-feira, 31 de outubro de 2012

O Fim do Jornal da Tarde

Arte: Luciano Amorim

O Jornal da Tarde deixa de circular nesta quarta-feira, a versão impressa do periódico, depois de semanas de boatos. A decisão foi do Grupo Estado na segunda-feira, 29. Segundo a empresa, a determinação leva em conta o objetivo de investir na marca Estadão com uma estratégia multiplataforma integrada, ou seja, papel - jornal impresso, digital, áudio e vídeo e mobile - versão para celulares e smartphones, para levar maior volume de conteúdo a mais leitores, sem barreira de distância e custos de distribuição.

O diretor presidente do Grupo Estado, Francisco Mesquita Neto, declara: "Hoje, o meio jornal é a segunda mídia mais importante para a publicidade, com o dobro de participação do terceiro colocado. Daí a estratégia de focar no Estadão, principal marca do Grupo, e de investir em uma plataforma digital mais robusta e avançada".

Mas, um caderno voltado para o setor automotivo do periódico ainda está vivo. o Jornal do Carro, maior sucesso editorial do mercado de automóveis (e o carro-chefe) do Jornal da Tarde, que circula desde o dia 4 de agosto de 1982 e este ano completou 30 anos. De acorco com a nota, a partir da próxima quarta-feira, dia 7 de novembro, o Jornal do Carro passa a circular encartado no jornal O Estado de S. Paulo (Não sei se continua do mesmo formato, o tabloide ou do standart), ampliado e com novas seções. O Jornal do Carro será a nova marca dos Classificados de Autos do Estadão também às quintas, sábados e domingos.

O novo suplemento automotivo será uma plataforma multimídia de alcance nacional. Aos cadernos semanais publicados no Estadão se somarão, e em 2013, vai ter um portal com o melhor conteúdo do setor, além das dicas de compra e exclusiva tabela de preços online, revistas sazonais e eventos, além do já existente programa aos sábados na rádio Estadão ESPN - Em São Paulo, FM 92,9 e AM 700.

A nota disse ainda que o JT (como a sigla é chamado) deixará de existir, mas suas principais contribuições permanecem no seu irmão mais velho, o Estadão. Os leitores do JT - que nos últimos anos se aproximaram do universo de leitores do Estadão - já podem perceber esta proximidade por meio da vibração e qualidade do caderno de Esportes, do olhar atento do Metrópole e da criatividade e prestação de serviços do Divirta-se, marca original do JT, que circula toda sexta-feira no Estadão.

Com o objetivo de ampliar a estratégia de marcas que compõem o universo do Estadão, junto ao Jornal do Carro somam-se outros importantes títulos que já marcam a cobertura qualificada do jornal, como os cadernos Paladar, Viagem, Caderno 2, Casa, Economia & Negócios, Link, entre outros. E para o Francisco Mesquita Neto, reforça que O Estado de S. Paulo é o jornal número um na Grande São Paulo e, com essas mudanças, vai ficar ainda mais forte.

História

Foto do menino chorando por causa da
derrota da seleção brasileira na Copa de 1982,
foram a maior capa da história do JT.
Créditos: Reprodução
Fundado em 4 de janeiro de 1966, o Jornal da Tarde foi um marco divisor no jornalismo brasileiro, ao incorporar um projeto gráfico audacioso, em que o uso de fotografias era mais estimulado, com a adoção de reportagens mais encorpadas e em estilo literário. Inicialmente vespertino, passou a matutino em 1988. Idealizado por Mino Carta, com o auxílio de Murilo Felisberto, o JT é um dos jornais que apostaram na escola do new journalism americano, de Gay Talese e Truman Capote (1924-1984). Ao longo de seus 46 anos de circulação, o JT foi polo de inovação e criatividade e, com seus premiados jornalismo e design gráfico e sua prestação de serviços, influenciou gerações de leitores e de profissionais da comunicação. O jornal já foi censurado três vezes, entre eles, a ditadura militar nos primeiros anos do periódico.

O jornal produziu capas memoráveis sobre momentos marcantes da História recente do país. Como a capa toda em preto, apenas com o título do jornal no alto, quando o Congresso barrou a Emenda Constitucional do deputado Dante de Oliveira que restituía as eleições diretas no Brasil. Ou a que estampava de alto a baixo a foto de um pequeno torcedor chorando a derrota da Seleção Brasileira por 3 a 2 para a Itália na Copa de 1982, na Espanha. A imagem tresloucada de Jânio Quadros, prefeito recém eleito de São Paulo, em 1985, também foi um clássico das capas.

Atualmente, circulam os cadernos, Seu Bolso, Esportes, Variedades. No primeiro caderno, tem a editoria de opinião, Política, Cidade, Brasil e Mundo. Além disso, circulam os suplementos de Emprego, Turismo, Divirta-se, JT Imóvel e Variedades Domingo. Sem falar do Jornal do Carro.

 ►Saiba mais 
Veja a história completa do Jornal da Tarde no Wikipedia
Veja as capas históricas do Jornal da Tarde

Projeto gráfico

Arte: Luciano Amorim // Imagens: Divulgação e Newseum
Em 5 de abril de 2006 o jornal sofreu sua última grande reforma gráfica e passou a dar mais destaque à prestação de serviços. Em sua redação, foi reunida uma equipe de reportagem policial que contava com nomes como Ivan Ventura, Josmar Jozino e Marinês Campos. Nessa "reciclagem" gráfica foi reintroduzido um caderno falando de estilo de vida, chamado "Revista JT", que, apesar do nome, não era uma revista, e sim, um caderno em formato tabloide, grampeado, em papel semelhante ao sulfite. O suplemento era herança do caderno "Modo de Vida", publicado a partir de 1975 em uma página interna e a partir de 1985 como caderno, às quintas-feiras. O próprio "Modo de Vida" já era herança da seção "Viver", que, por sua vez, tivera origem na seção feminina "Agora é que São Elas", publicada desde o segundo mês de vida do jornal. Ao contrário de seus antecessores, o "Revista JT" não durou muito.

Em 2 de abril de 2008, mais uma "reciclagem" gráfica, baseada na anterior, teve como grandes novidades o caderno de esportes em formato tabloide ao longo de todos os dias da semana e a mudança de nome do caderno "Seu Dinheiro" que passou a ser diário, sob o nome de "Seu bolso". De acordo com a edição do dia seguinte, as mudanças foram aprovadas pela maioria dos leitores.

O jornal ainda publicava, às quintas-feiras, os cadernos "Link" (que atualmente circula no Estadão as segundas), originalmente "Informática", criado no início dos anos 1990 e rebatizado em meados dos anos 2000, e "Turismo", que estreou em 14 de dezembro de 1989 depois de ser apenas uma página semanal por alguns anos. Ambos os cadernos deixaram de ser publicados no início da década de 2010.

Circulação

Arte: Luciano Amorim
Imagens Televisão: Divulgação
Imagens Vídeo: Reprodução/Youtube/Danilorodrigues
O ano de 1990 foi o melhor da história do JT para Francisco Mesquita em entrevista dada no ano seguinte: naquele ano a publicação era o jornal mais vendido em bancas na Grande São Paulo e tinha uma tiragem média que oscilava entre 120 mil (às terças, quintas, sextas e sábados) e 190 mil (às segundas e quartas). No final dos anos 1990 o periódico passou por uma fase de queda nas vendas e tentou ocupar a lacuna deixada pelos tradicionais jornais populares paulistanos, como o Notícias Populares, que foi extinto no início de 2001. Ao longo de 2007 o jornal viu sua circulação média diária na Grande São Paulo subir 6,8%, passando de 44,5 mil em dezembro de 2006 para 47,5 mil um ano depois. Naquele ano o jornal era o quinto em circulação na região, atrás, pela ordem, dos jornais O Estado de S. Paulo, Folha de S. Paulo, Agora São Paulo e Diário de S. Paulo. Dois anos depois o jornal decidiu concentrar as vendas apenas na Grande São Paulo, suspendendo a circulação no interior e em outros estados, a não ser por algumas cidades específicas. Com isso, sua circulação média em janeiro de 2011 foi de 42.775 exemplares, um número inferior ao de quatro anos antes, embora o jornal tenha ultrapassado o Diário, que teve circulação média de 33.761 naquele mês. Em agosto de 2012 a circulação tinha caído, novamente, para 37.778 exemplares, mas mantendo uma venda de mais de 50 mil exemplares às quartas-feiras, com a distribuição do Jornal do Carro.

Ainda em julho, depois de anunciar novos cortes de postos na redação do jornal, o Grupo Estado informou que trabalhava para o lançamento de um novo projeto gráfico para elevar sua circulação, mas a ideia não prosperou.

O agradecimento

O diretor presidente do Grupo Estado, Francisco Mesquita Neto finaliza que o a empresa agradece aos leitores do Jornal da Tarde por todos os anos de convivência, aos anunciantes, pelo apoio com que sempre nos prestigiaram, e a todos os profissionais que participaram dessa história: jornalistas, colunistas, publicitários, equipe de arte, integrantes das áreas comercial e administrativa, e das áreas de produção e distribuição.

Repercussão

O jornalista Mino Carta, 79, idealizador do "Jornal da Tarde", disse ao UOL que o fim da publicação, considerada por ele "revolucionária" na época de sua criação, é uma perda para seu coração e sua alma. "A morte de um jornal sempre me entristece, mas, neste caso específico, eu devo dizer que me entristece em dobro, talvez ao cubo, pois foi um jornal que nasceu por obra que uma equipe que eu comandei."

Em seu blog, o jornalista André Forastieri, disse que poderia ressucitar o Jornal da Tarde. Ele diz que se ele fosse o diretor de conteúdo do Grupo Estado, ele relançaria o periódico como um jornal 100% digital, para web, celular e tablets. Uma edição digital diária, vespertina, sempre às 17h, focada na capital paulista e com o pulso das redes sociais. "Muita participação dos leitores. Assinatura grátis, bancado por publicidade e patrocínio.Ia dar rios de dinheiro? Não, mas também não precisa nem deve. Internet não é old mídia. Ia aproveitar toda a equipe atual? Não, e muitos nem se adaptariam", disse Forastieri.

Segundo o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo, não deve haver demissão dos cerca de 50 profissionais do Jornal da Tarde pelos próximos 30 dias. “Tivemos uma audiência nesta segunda com a diretoria do Grupo Estado e conseguimos decisão do Tribunal Regional do Trabalho para que todos os jornalistas continuem com estabilidade no jornal por 30 dias enquanto ocorre negociação entre sindicato e empresa para realocações dos jornalistas”, diz o presidente do sindicato, José Augusto Camargo.

De acordo com o portal G1, a expectativa da entidade é que nenhum jornalista seja demitido e, caso dispensas venham a ocorrer, diz que irá avisar à Justiça. Em nova audiência no dia 4 de dezembro será apresentado um plano de realocação dos jornalistas. O sindicato diz que não soube de demissões no "JT" nos últimos dias e semanas.

“Estranhamos muito o Estadão fechar um jornal com a tradição e a história do 'JT'. A posição do sindicato é de defesa desses profissionais para que sejam reaproveitados em todo o grupo – que tem rádio, agência, internet”, diz Camargo.

Repercussão nas redes sociais

O fim do Jornal da Tarde foi o assunto mais comentado no Twitter desde a noite de terça-feira, até a manhã de quarta-feira. São mensagens de tristeza, de lamentar e até de bom humor, como diz o @ThiagoGavioes, que diz como o JT fechou as portas, só falta o Palmeiras cair na Série B do Brasileirão 2012 (por enquanto).

Outras pessoas mencionaram no Twitter que a culpa do encerramento do Jornal da Tarde foi da revolução digital. Eu concordo com eles.

O jornalista Celso Zucatelli, apresentador do programa Hoje em Dia, da Record, disse em seu twitter o @zucatelli, que foi uma notícia triste e iniciou a carreira jornalística no Jornal da Tarde.

Quatro jornais fechados em 2012

E não foi a primeira vez que o Jornal da Tarde é fechado, no início deste mês, o Diário de Natal, do Rio Grande do Norte, deixou de circular após 73 anos de existência. Em fevereiro deste ano, ou seja, há 9 meses, os jornais O Norte, de João Pessoa e do Diário da Borborema, de Campina Grande, encerraram as atividades da versão impressa.

Com o fim do Jornal da Tarde, quatro jornais foram fechados este ano.

Pra mim, foi lamentável o fechamento do Jornal da Tarde, assim como fez com o fechamento dos outros três jornais este ano. O Jornal da Tarde era um dos jornais mais populares de São Paulo, inclusive na classes C, D e E. E eu sempre digo, será que o fechamento do JT - assim como nos outros três jornais que fecharam este ano, foram por causa do efeito do fechamento do 'News of the World', de Londres, em julho do ano passado?! Mas quem sabe um dia, o tão chamado 'JT', voltar a circular na maior cidade do país...

Achei o vídeo do lançamento do Jornal da Tarde em 1966. Naquela época, o jornal chegava as bancas de São Paulo ás 15h. Vídeo do /Arquivos1000 do Youtube.



Então, dou a minha solidariedade aos jornalistas do Jornal da Tarde.

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

O Windows 8 chegou pra ficar


Nesta sexta-feira, 26, será lançado o Windows 8, o novo sistema operacional da Microsoft que cria uma experiência unificada para seus usuários. Ele é (quase) idêntico em todos os equipamentos: como computadores, celulares, tablets e até no videogame, o Xbox.

O novo sistema operacional vai competir com a Apple e Samsung, que são as maiores empresas de tecnologia que faz os tablets e os smartphones. Mas por que o Windows 8 têm essas missões? Basicamente, porque a Microsoft demorou para reagir para entrar no mercado de tablets, que hoje dominado pelo iPad, da Apple. Além disso, o núcleo de estratégia da empresa foi lento para perceber que o número de tablets cresce, enquanto a venda de PCs cai.

Em uma pesquisa divulgada em outubro deste ano, o Gartner informou que as vendas de PCs diminuíram 8% no terceiro trimestre deste ano em relação ao mesmo período do ano passado. As causas da queda, segundo os analistas, são os tablets - cujo mercado deve crescer 100% em 2012 e a crise global – que reduziu os ânimos dos consumidores e de empresas e aumentou o preço dos computadores.

O resultado da crise impactou negativamente a Microsoft – que, neste ano, inclusive, registrou o primeiro prejuízo da sua história, segundo o portal da revista Info do dia 19 de julho.

Os recursos do Windows 8

Uma novidade é que a tela inicial do Windows 8 é por blocos.
Veja mais fotos aqui.
Crédito: Divulgação

O Windows 8 conta com duas interfaces gráficas, além da nova versão do Internet Explorer, que é o 10. A interface nova é toda colorida e a navegação é feita da esquerda para a direita. É neste lugar que a Microsoft quer que o usuário fique e acesse os programas no computador. Caso algum deles não esteja com um ícone, basta digitar o nome dele que o sistema já exibe o ícone para acessá-lo.

Nesta nova área de trabalho, há ícones chamados “tiles”, que são blocos. Eles são blocos de informações “vivos”, pois mostram a todo o momento atualizações referentes ao programa. Por exemplo: No aplicativo “Calendar” (Calendário), ele fica exibindo os compromissos e aniversários do dia no “tile”.  No “Photos” (Fotos), ele reúne imagens tiradas pelo usuário e as exibe em formato reduzido nos blocos interativos.

Para não chocar os usuários já acostumados com as versões anteriores, a Microsoft oferece uma área de trabalho clássica, que é igual à utilizada no Windows 7, usado até hoje.


Preço do Windows 8 é bem 'baratinho'

Um dos cinco desenhos da embalagem ecológica
do novo Windows 8.
Créditos: Divulgação
A Microsoft Brasil anunciou uma oferta de atualização de versões anteriores do Windows para o novo Windows 8 Pro pelo preço de R$ 70. Segundo o site da companhia, a oferta é válida a partir de hoje até 31 de janeiro de 2013. Pra comprar, clique aqui.

As duas ofertas valem apenas para consumidores que tenham uma edição original do Windows XP, do Windows Vista ou do Windows 7. Para os outros usuários - que tenham apenas Linux, OS X ou mesmo versões piratas do Windows, por exemplo, os preços do Windows 8 ainda não foram revelados.

A venda da edição mais básica do Windows 8, que tem menos recursos do que a Pro, ainda deve demorar um pouco. A Microsoft não revela datas, mas diz que informações sobre isso serão divulgadas quando a venda promocional do Windows 8 Pro estiver próxima do fim.

PCs com Windows 7 comprados entre 2 de junho de 2012 e 31 de janeiro de 2013 podem ser atualizados para Windows 8 Pro por R$ 29. Para aproveitar a promoção, que não inclui a versão Starter, é necessário fazer cadastro em windowsupgradeoffer.com até 28 de janeiro de 2013.


O primeiro tablet da Microsoft, o Surface

Créditos: Divulgação
Também no mesmo dia, será lançado o Surface, o primeiro tablet da Microsoft, que vem com o Windows 8. O tablet tem uma tela de 10,6 poelgadas, cujo que o diagonal é de 26,9 cm, e é em Full HD.

Além disso, o primeiro modelo do tablet, com Windows RT, pesa 676 g, tem espessura de 9,3 mm, conta com memória de 32 GB e 64 GB e inclui aplicativos do pacote Office. O aparelho conta com porta USB 2.0, saídas MicroSD e Micro HD Video. A outra versão pesa 903 g, tem 13,5 mm de espessura e capacidades de armazenamento de 64 GB e 128 GB. Esse modelo não vem com os aplicativos do Office, mas inclui uma caneta Stylus como opção ao controle multitoque. O dispositivo possui saídas microSDXC, Mini DisplayPort Video e porta USB 3.0.

A tela do aparelho é feita com o material resistente chamado Gorilla Glass. Chamada “Touch Cover”, a capa de 3 mm tem um teclado multitoque integrado ao tablet. Disponível em diversas cores, a capa usa uma tecnologia sensível à pressão que capta os gestos da digitação. Na parte traseira, o aparelho possui ainda um apoio embutido.

A Microsoft também demonstrou o Surface sendo usado com uma caneta stylus. Segundo a companhia, a superfície do tablet tem dois sensores, um para o toque e outro para a tinta digital. O sensor vê a proximidade da caneta da tela e deixa de receber os comandos dos dedos.

Os preços do Surface foram divulgados este mês. A primeira versão, de 32 GB, terá preço sugerido de US$ 499; o mesmo modelo, com capa e teclado diferentes, sairá por US$ 599; e uma terceira versão, de 64 GB, por US$ 699.

Todos os modelos do tablet virão equipados com o sistema operacional Windows RT, versão simplificada do Windows 8.

A Microsoft já tentou entrar no mercado de tablets no início da década de 2000, mas não obteve sucesso. Ainda, ela mostrou um protótipo chamado Courier, um tablet com duas telas que podia ser dobrado. A própria empresa encerrou o projeto pouco antes de Steve Jobs anunciar o iPad.

 ►Saiba mais 
G1 testou o Windows 8 no tablet
Em vídeo, Vanessa Nunes testou o Windows 8 no PC
Veja as dicas para antes de encarar o Windows 8 no Blog da Vanessa Nunes
Perguntas e respostas sobre o Windows 8
A evolução do Windows desde 1985 em fotos

Mas será que o Windows 8 tem capacidade de reverter esse problema no mercado de PCs? E o Surface tem potencial para conseguir incomodar a Apple (e seu iPad) e o Google (e seu Android)? Provavelmente sim, diz Atila Attila Bélaváry, analista de mercado de tablets e PCs da consultoria IDC.

Se conseguir conquistar os donos de desktops e laptops, poderá ameaçar seriamente o reinado da Apple e da Samsung no campo dos dispositivos móveis.

Fontes: Site Info, G1, Diário Catarinense e TechTudo

Gostando ou não, o Windows 8 vai ser muito bom do que nas versões anteriores.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

#OiOiOi: Avenida Brasil terminou em altos e baixos, mas foi a novela do ano


Créditos: TV Globo/Reprodução

O Brasil todo parou para assistir ao último capítulo da novela "Avenida Brasil", exibido na sexta-feira, 19, e reprisado no sábado, 20, na Globo. A novela que com uma mistura de humor, drama e futebol retratou a ascensão da classe emergente no país.

A novela começou no dia 26 de março e durante sete meses, o 'Divino' foi o bairro mais próximo dos brasileiros. E o desfecho da história dos moradores do bairro e do lixão hipnotizou, apaixonou, e capturou a atenção de milhões de brasileiros no Brasil e reconhecido no mundo.

Nos últimos capítulos, a imprensa destaca como seria o último capítulo da novela. Quase acertou todas, mas o jornal Extra, do Rio de Janeiro, noticiou na manchete de capa na quarta-feira, que Carminha foi a autora que matou o Max. E não foi que acertou. De acordo com o periódico carioca, a capa virou destaque nas redes sociais.

Jornais do Rio e de SC deram a destaque da novela durante a semana.
O principal foi o do Extra, do Rio de Janeiro.
Atre: Luciano Amorim // Imagens: Newseum

Mas no dia do último capítulo da novela, o Brasil todo parou. Em várias capitais como Porto AlegreJoão Pessoa, São Luís, Aracaju, Manaus, Porto Velho, Rio de Janeiro e São Paulo, e nas cidades, só dá "Avenida Brasil" pra saber 'Quem matou o Max?' que é a Carminha.

O último capítulo da novela, que teve um grande impacto na classe C, representada no núcleo do Divino, foi marcado pela redenção de Carminha. Ela salvou Tufão, interpretado por Murilo Benício e Nina, interpretada por Débora Falabella, de serem mortos por Santiago, interpretado por Juca de Oliveira, decidiu não fugir para ser presa e pagar pelos seus crimes. E, três anos depois de ser encarcerada, voltou para o lixão com Lucinda, interpretada por Vera Holtz, para purgar seus pecados.

Uma das cenas mais esperadas era o reencontro de Nina e Carminha. Em vez de brigarem, elas fizeram as pazes. E de forma emocionante. A mocinha e Jorginho, interpretado por Cauã Reymond, foram ao aterro sanitário, onde a ex-vilã voltou a catar lixo, e levaram seu bebê para a avó conhecer.

Mas outros personagens também deram cor a este último capítulo. A revelação do trauma de Adauto, interpretado por Juliano Cazarré, que misturou drama e comédia. Ele  roubou a cena com o seu apelido 'Chupetinha'. Após confirmar para Olenka, interpretada por Fabiula Nascimento, que seu segredo é que ele usa chupeta, as brincadeiras nas redes sociais logo começaram, usando o apelido tao temido por ele: Adauto chupetinha. Bom humor também teve Cadinho, interpretado por Alexandre Borges ao se casar com suas três mulheres. Sem falar na comoção dos divinenses ao ver o time entrando para a primeira divisão. A bandeira do clube se tornou a estrela do fim do capítulo ao ser a última imagem congelada.

O último capítulo de “Avenida Brasil” consolidou o sucesso de uma novela que, de ponta a ponta, sensibilizou o público. Segundo estimativas, o final exibido nesta sexta-feira alcançou média de 51 pontos, e há outro dado relevante: de cada 100 televisores ligados, 75 estavam em “Avenida Brasil”, que foi recorde da novela e da programação da Rede Globo este ano. Mas após o gol de Adauto e as comemorações da vitória do Divino, cenas que encerraram a trama, algumas questões ficaram no ar. Conheça as perguntas que não foram respondidas pela novela no site do Extra.

A novela foi tão sucesso, tão sucesso, tão sucesso que repercutiu no mundo inteiro, minutos depois.

As principais agências de notícias internacionais como a Associated Press e a France Press, inclusive as publicações importantes como o jornal Washington Post, dos Estados Unidos, e os jornais britânicos Financial Times e The Guardian, além da televisão britânica BBC, compararam o final da novela com uma final de Copa do Mundo ou como o Carnaval — dois dos eventos mais um importantes do calendário brasileiro.

Já a revista americana Forbes, diz que a audiência espetacular da novela poderia causar sobrecarga no fornecimento de energia elétrica, o que acabou não acontecendo. Todos ressaltaram que o sucesso da novela se deve ao fato de que ela retrata a vida da nova classe média brasileira - eu até concordo.

 ►Saiba mais 
Veja as cenas do último capítulo de "Avenida Brasil"

Para o colunista do jornal 'O Globo', Joaquim Ferreira dos Santos, a novela "Avenida Brasil" mudou as outras novelas da televisão brasileira, nos últimos 60 anos.

"[...] Foram oito meses que desde já entram para a história da televisão como os da novela que mudou tudo. Não havia núcleos secundários, uma protagonista evidente, ninguém deu lição de moral ou ajudou blocos desvalidos da população a serem mais bem reconhecidos pela população. O bem e o mal? Ora, “Avenida Brasil” foi o fim dessas inocências.De uma maneira ou de outra, ninguém prestava. Os homens, com a exceção dos maravilhosos vilões (Max, Santiago, Nilo), eram todos frouxos e de uma burrice que eu vou te contar. As mulheres brilharam. Eram gatorade na veia, falando pelos cotovelos e soltando energia em todas as direções. [...]"
 Joaquim Ferreira dos Santos, colunista do jornal O Globo
A novela repercutiu o mundo como mostra em mapas.
A maioria é aqui no Brasil.
Créditos: TV Globo/Reprodução

O último capítulo da novela parou também nas redes sociais no Brasil e no mundo. Durante a novela, o primeiro assunto mais comentado do mundo, dentro dos #TT's no Twitter, era a "Avenida  Brasil", com a hashtag: #OiOiOiFinal. Entre os dez primeiros tópicos mundiais, cinco eram sobre a novela.

Alguns dos perfis tiveram os avatares congelados, assim como faz
o encerramento de cada capítulo da novela.
Até eu fiz esta brincadeira. (Risos)

Segundo o jornal A Tarde, de Salvador, "Avenida Brasil" acabou seguindo o mesmo destino de outras tramas de sucesso, com um fim que não teve o mesmo achado da novela inteira, sem agilidade, sem surpreender, apenas enchendo linguiça e ponto.

Pra mim, a novela foi a melhor de 2012. Virou mania nacional ao longo do ano. E quem sabe a novela vai passar no 'Vale a Pena Ver de Novo' daqui há 10, 20 ou 30 anos...

sábado, 20 de outubro de 2012

Horário de Verão começa hoje


Foto: Divulgação
Á meia noite deste domingo, 21 de outubro, começa mais um Horário Brasileiro de Verão. Esta é a 40ª temporada desde 1931 e 28ª temporada seguida desde 1985.

O horário de verão no Brasil foi adotado pela primeira vez em 1 de outubro de 1931, através do decreto 20.466, abrangendo todo o território nacional. Foi até o ano de 1933. Voltou na temporada 1949/1950, mais interrompeu em 1953. Dez anos depois, o Horário de Verão voltou em 1963 e foi até o ano de 1968. A partir deste ano, foram 18 anos sem o Horário de Verão.

O Horário de Verão voltou na temporada de 1985/1986 em todo o Brasil. Mas, a partir da temporada 1988/1989, o horário de verão foi adotado nas regiões Nordeste, Sudeste, Sul e Centro-Oeste, deixando a região Norte fora do Horário de Verão. A mesma coisa aconteceu na temporada 1989/1990.

Na temporada de 1990/1991, o Horário de Verão foi adotado nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, assim, a região Norte ficou fora do período e pela primeira vez, o Nordeste ficou de fora do Horário de Verão naquela época. Mais, depois, os estados do Mato Grosso e Bahia adotaram o Horário de Verão. Isso se repetiu até a temporada de 1992/1993.

Na temporada de 1993/1994, o estado do Amazonas foi o único estado do Norte a participar do Horário de Verão. Na temporada 1994/1995 repete o que foi feito entre 1990 e 1993.

Na temporada de 1995/1996, o estado de Tocantins entrou no Horário de Verão após 7 anos. E mais, os estados de Sergipe e Alagoas, da Região Nordeste, também aderiram o horário após 5 anos.

Na temporada 1996/1997, o horário de verão foi nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, além dos estados da Bahia e Tocantins. Alagoas, Sergipe e o restante do Norte e do Nordeste, ficaram de fora.

Na temporada 1999/2000, os estados do Nordeste voltaram a aderir o Horário de Verão após 9 anos, além do estado de Roraima.

Na temporada 2000/2001, uma confusão. O horário de verão foi aderido nas regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste, além dos estados de Tocantins e Roraima. Mas, de acordo com a reportagem da Folha de S. Paulo, no dia 7 de outubro de 2000, um dia antes de começar o Horário de Verão, o estado do Ceará foi excluído do Horário de Verão por ter uma liminar na justiça que foi solicitado pelo deputado federal, Sérgio Novaes, naquela época. De acordo com a reportagem, os deputados do Nordeste diz que o Horário de Verão não traz benefícios a região. Uma semana depois, os estados de Roraima e de Pernambuco, foram excluídos do Horário de Verão e depois, todos os estados do Nordeste foram excluídos do Horário de Verão, duas semanas depois que começou a vigorar, deixando o estado da Bahia o único da Região Nordeste a aderir o Horário de Verão. O restante, seguiu tranquilo até 18 de fevereiro de 2001, quando voltou ao normal.

Na temporada 2001/2002, a região Nordeste voltou a aderir o Horário de Verão. A última participação do Horário de Verão, na região Nordeste, foi na temporada de 2002/2003.

A partir da temporada de 2003/2004, toda a região Nordeste (inclusive Bahia) e Norte (inclusive Tocantins) foram excluídos do Horário de Verão. As regiões Sudeste, Centro-Oeste e Sul, seguiu o modelo.

Na temporada de 2011/2012, o estado da Bahia voltou a aderir o Horário de Verão após 8 anos. Assim, o restante do Nordeste e toda a região Norte ficando de fora do horário.

Este ano, 11 estados e o Distrito Federal participam do Horário
De Verão.

Este ano, a temporada 2012/2013 do Horário de Verão será nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. O estado da Bahia entraria pro Horário de Verão no domingo, 7 de outubro, mas foi cancelado de novo, na quinta-feira, 11 de outubro, três dias após a divulgação. Segundo o jornal Correio*, do dia 12 de outubro, o período eleitoral foi o principal motivo de retirar a Bahia no Horário de Verão. E olha que Salvador e Vitória da Conquista disputam 2º turno, hein?! E mais, de acordo com o governador da Bahia, Jaques Wagner, no ano passado, ele tomou a decisão em função de manter a sintonia de horário com Brasília. Na ouvidoria do governo, nos últimos 11 meses, teve 20 mil reclamações contra o horário de verão. Para o Governador, é um volume grande e fez uma pesquisa que revelou que 75% da população rejeita o horário de verão. Ele tomou a decisão porque a população é contra o Horário de Verão. Com a Bahia fora do Horário de Verão, o governo federal incluiu o estado de Tocantins, que volta a aderir o Horário de Verão após 9 anos. Assim, a região Nordeste continua fora do horário de Verão pelo 9º ano consecutivo, desde 2003, assim como a região Norte, exceto Tocantins.

O Norte e Nordeste não aderem à mudança, porque o Operador Nacional do Sistema Elétrico, a ONS, avaliou que a economia nesses mercados é pouco expressiva, e não justifica a participação.
Além da economia pouco expressiva de energia, os estados do Norte e Nordeste não aderem ao horário porque sua posição geográfica não favorece um aproveitamento maior da luz natural no verão, como ocorre nas demais áreas. De acordo com o ministério, por estarem mais próximos da linha do Equador, nesses locais incidem menos raios de luz ao longo do dia nos meses de verão.

O horário de verão é adotado em função do aumento da demanda por energia nesta época do ano, resultante do calor e do crescimento da produção da indústria com a aproximação do Natal - que tá chegando.

Desde 2008, a aplicação do horário diferenciado é regulamentada pelo Decreto n° 6.558, que fixou datas para o início e término. O começo é sempre no terceiro domingo de outubro, e o fim, no terceiro domingo de fevereiro do ano subsequente. Se a data coincidir com o domingo de carnaval (como aconteceu este ano), o encerramento é transferido para o domingo seguinte.

Sem o Horário de Verão no Norte e no Nordeste, os bancos, o comércio, os aeroportos e até as emissoras de TV e de Rádio ficam prejudicadas. Inclusive as provas do Enem, que vão acontecer nos dias 3 e 4 de novembro.

 ►Saiba mais 
Horário de Verão deve representar economia de R$ 280 milhões, avalia ONS
Confira a cronologia do Horário de Verão no Wikipedia

Eu gosto muito do Horário de Verão. Quando eu morava na Bahia quando eu era criança, eu gostava tanto porque o sol se poe por volta das 19h, 19h15, 19h20... Era muito bom... Agora, sem o Horário de Verão aqui no Nordeste eu vou ficar muito prejudicado.

Para muitos, o Horário de Verão é bom quando o sol se põe mais tarde. Por exemplo, em Porto Alegre, o sol se põe até ás 20h30 com o horário de verão. Para outros, não gostam porque quando as pessoas acordam cedo para trabalhar, por exemplo, até ás 6h, o dia ainda está escuro, quase amanhecendo. Mais, aos poucos vão se acostumando com a mudança. Veja como se adaptar as mudanças trazidas pelo Horário de Verão nesse vídeo aqui.



O horário de Verão termina no dia 17 de fevereiro de 2013 e vai durar 119 dias.

Mais atrações no Rock in Rio 2013!!! #EUVOU



Metallica já participou no Rock in Rio em 2011.
Créditos: Flávio Moraes/G1/26.09.2011
Pessoal, como eu disse aqui no meu blog há um mês, o Rock in Rio confirma mais três atrações no ano que vem. As três atrações confirmadas são: Metallica, Iron Maiden e Bruce Springsteen.

A banda Iron Maiden, participou do primeiro festival, em 1985, e voltou ao Rio em 2001. Já a banda Metallica participou no festival no ano passado.

Sepultura, George Benson, Ivan Lins e Tambores do Bronx são outras atrações já confirmadas para o evento, que ocorre nos dias 13, 14, 15, 19, 20, 21 e 22 de setembro de 2013 na Cidade do Rock, na zona oeste do Rio de Janeiro.

Até o início de 2013 todo o cast de bandas será conhecido, segundo o empresário Roberto Medina, organizador do evento. O anúncio das três atrações musicais ocorreu em entrevista à imprensa no Cristo Redentor, na zona sul do Rio.

O valor do ingresso inteiro é de R$ 260 por dia. A venda de ingressos será feita pelo site oficial do festival, por meio da Ingresso.com. A escolha pelo dia da entrada, antes da venda do restante dos ingressos ao público geral, será feita entre 1º de fevereiro e 1º de abril de 2013.

A organização adiantou que o pagamento poderá ser feito por cartão de crédito, parcelado em até quatro vezes. Clientes do banco Itaú vão ter 15% de desconto. Clientes Rock in Rio Club terão direito à pré-venda exclusiva, entre os dias 20 e 29 de outubro, através do site da Ingresso.com, também com desconto de 15% nos ingressos inteiros.

Fonte: G1 e Diário Catarinense

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Newsweek anuncia o fim da edição impressa no último dia de 2012

Atre: Luciano Amorim // Imagens: Reprodução

A revista americana Newsweek anunciou nesta quinta-feira, 18, que sua última edição impressa será lançada no último dia de 2012, no dia 31 de dezembro, passando, a partir da data, a ser totalmente digital.

Em um comunicado da editora-chefe e fundadora da Newsweek Daily Beast Company on-line, Tina Brown, afirma que "A Newsweek Global, como será chamada a publicação totalmente digital, será uma edição única e mundial voltada para um público líder de opinião e altamente móvel que deseja aprender sobre acontecimentos mundiais em um contexto sofisticado".

A editora afirmou que sabe que esta decisão levará a algumas demissões. "Estamos fazendo uma transição na Newsweek, não estamos dizendo adeus. Esta decisão não tem nada a ver com a marca ou com o jornalismo, que está mais forte do que nunca. É sobre os desafios econômicos da edição impressa e sua distribuição", disse.

A edição estará na web e também em tablets através de uma assinatura, com "seleção de conteúdo", disponível no site The Daily Best.

Barry Diller, diretor e chefe-executivo do conglomerado IAC, o InterActiveCorp, empresa que administrava a empresa conjunta da Newsweek/Daily Beast desde sua união, em 2010, assegurou que estavam vendo novas opções, agora que as duas companhias saíram do negócio.

O jornal The Washington Post vendeu anteriormente a revista Newsweek ao multimilionário da Califórnia Sidney Harman.

As informações são do G1.

E olha que este ano, três jornais fecharam aqui no Brasil. Em 2010, o Jornal do Brasil deixou de circular a versão impressa e teve todo o conteúdo do jornal na Internet.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Vem aí o site do New York Times em português para os brasileiros



O site do NYT tem também conteúdo em chinês.
Arte: Luciano Amorim // Foto: Reprodução
O jornal americano 'The New York Times' (o inventor do conteúdo pago da internet, o paywall no ano passado) anunciou que lançará no próximo ano uma edição online em português destinada ao público brasileiro.

De acordo com o comunicado, a nova edição online oferecerá conteúdos de qualidade que o NYT levará a uma audiência brasileira educada.

A edição terá traduções para o português de artigos do jornal, mas também textos especialmente escritos por jornalistas locais, que devem representar um terço do volume de conteúdo.

Os textos terão como temas assuntos internacionais, economia e cultura, além de "temas de interesse particular para o leito brasileiro". A edição deve ter 40 artigos por dia, assim como fotos. Gráficos e elementos multimídia serão adicionados no futuro.

As informações são da France Presse e do G1.

A Tarde entra para os jornais dos centenários

Arte: Luciano Amorim // Imagens: Newseum



Nesta segunda-feira, o jornal A Tarde completa 100 anos. Isso mesmo, um século de informação com credibilidade aos baianos.

O jornal A Tarde foi fundado em 15 de outubro de 1912, quando o jornalista Ernesto Simões Filho, aos 26 anos de idade, fundou seu próprio veículo de comunicação impresso.

Foi assim que em 1924, o jornal não recuou diante da censura contra uma série de matérias que denunciavam irregularidades praticadas por um médico. Por conta da ação do periódico, o Tribunal Superior de Justiça, equivalente hoje ao Tribunal de Justiça da Bahia, pronunciou-se pela primeira vez e, de forma unânime, contra a censura à imprensa.

Prédio antigo do jornal A Tarde próximo a Praça
Castro Alves, no centro de Salvador.
O jornal funcionava no local desde a fundação
até 1975.
Crédito: Fernando Vivas/Ag. A Tarde/14.2.2008
Esta tendência do periódico foi mantida mesmo diante de obstáculos sérios como a depredação das suas instalações em 4 de outubro de 1930 por manter posição oposta à do grupo político que tomou o poder naquele ano sob a liderança de Getúlio Vargas, cujo governo se tornou uma ditadura com graves consequências  para a liberdade de imprensa.

O novo governo trouxe outro elemento que iria de encontro aos princípios defendidos por A Tarde: a Bahia foi posta em intervenção federal, perdendo a sua autonomia. Sob o lema "a Bahia não se dá, não se vende e não se empresta", Ernesto Simões Filho, fundador do jornal enfrentou o poder do interventor Juracy Magalhães.

Sua coragem rendeu-lhe um atentado, a censura de A TARDE por 11 dias e até um exílio na Europa. Mas nada disso foi suficiente para que ele abdicasse da sua luta.

A postura de Simões Filho em tempos tão difíceis fez a batalha pela liberdade de expressão, um princípio tão caro ao Estado brasileiro que hoje está incluído nos direitos fundamentais da sua Constituição, assumir outras posturas heroicas. Foi assim que em 1960 o jornal abriu espaço para publicar um editorial do jornal cubano Prensa Libre, que havia sido censurado pelo regime de Fidel Castro.

Em 1968, o jornal preferiu abdicar de comentar política devido à censura imposta pelo Ato Institucional nº 5, o AI-5. Esta posição firme fez com que a sua credibilidade fosse sedimentada e levou o jornal fundado por  Simões Filho a crescer e se tornar um grupo de comunicação formado por outros canais que acompanham o avanço tecnológico na área de informação.

Em março de 1975, o jornal mudou de endereço no bairro de Caminho Das Árvores, onde existe até hoje.

Os novos produtos correspondem à demanda imposta pelas transformações  da sociedade que são cada vez mais dinâmicas. Para cumprir este objetivo é necessário investir em tecnologia o que também sempre foi uma marca do periódico.

Assim, a cada ano, o jornal consolida-se como um grupo que consegue manter a credibilidade e, consequentemente, defender os princípios nos quais acredita. Isso é fundamental num contexto em que o debate sobre a liberdade de imprensa e as responsabilidades que este direito traz se impõe. A discussão é complexa e ainda necessita mobilizar a atenção da sociedade brasileira.

Questões como o controle externo da mídia e suas consequências, regulamentação de novas plataformas como a internet, dentre outras, mexem com os mais variados setores da sociedade, gerando discussões acaloradas. São em momentos como este que a credibilidade de um grupo de comunicação é importante para mediar um tema crucial à manutenção de um Estado democrático de direito como é o brasileiro.

Fonte: A Tarde e Wikipedia

Grandes coberturas marcaram o jornal A Tarde.

Ao longo do seu centenário, o jornal A Tarde acompanhou os mais importantes acontecimentos dos séculos XX e XXI no Brasil e no mundo, como os atentados do 11 de setembro, a comemoração do PENTA em 2002, os carnaval, grandes coberturas... E desde então tem sido um porta-voz dos interesses da sociedade e da democracia, registrando, acima de tudo, os fatos marcantes ocorridos na Bahia.

Os cadernos e editorias do jornal A Tarde.
Créditos: Divulgação
Em 2003, o jornal teve um novo projeto gráfico, teve mais uma 'reciclagem gráfica' em julho ou agosto de 2006 e no dia 30 de agosto de 2009, o jornal A Tarde ganhou novo projeto gráfico, mais moderno e mais bonito, as mudanças vão desde a inserção de novas cores e tipologia à criação de conteúdos e têm como objetivo facilitar a vida do leitor, tornando a leitura mais agradável e rápida.  As reformulações são resultado de estudos realizados ao longo de seis meses conduzidos por profissionais do próprio jornal.

Uma das mudanças é a tipologia desenvolvida pelo designer alemão Lucas de Groot para tornar a leitura mais agradável. Para o editor de arte do jornal, Pierre Themotheo, explica que o projeto gráfico valoriza as fotos, ilustrações e infografias, diminuindo número de interferências visuais que não agregam valor informativo. Os cadernos e seções do jornal também ganharam uma nova paleta de cores.

No ano passado, o jornal inaugurou o acervo digital na Biblioteca Pública da Bahia, em Salvador. Foram digitalizadas desde o ano de findação, até o dia 31 de dezembro de 1999. Iniciado em abril de 2009, o trabalho permitiu a digitalização de cerca de 750 mil páginas, que poderão ser consultadas gratuitamente no local.

Pra mim, o jornal A Tarde é um jornal que me marcou na minha infância. Eu me lembro quando eu morava na Ilha de Itaparica, que fica na Região Metropolitana de Salvador, e foi em que em outubro de 2001, eu li o primeiro jornal A Tarde, já aos 7 anos.

Durante toda a minha infância, eu pedi para o meu pai pra comprar um exemplar do periódico. Por onde eu passo, nos supermercados, , nos mercadinhos, nos pontos de venda próximo a lancha, ou melhor, a travessia Mar Grande/Salvador, nas bancas de jornais, nos gazeteiros, até nos ferry-boat, enfim, onde eu passava, eu sempre pediu para o meu pai e li o jornal A Tarde quando eu era criança.

Um dos fatos que mais me marcou no jornal A Tarde, foi a conquista do PENTACAMPEONATO da seleção brasileira da Copa do Mundo de 2002, que este ano completou 10 anos. No dia seguinte, eu pedi pro meu pai pra comprar o jornal e eu vi a edição especial do periódico. Poderia ser uma recordação pra vida toda, mas...

E eu tenho uma edição do jornal A Tarde, em Fevereiro de 2006, no meu acervo de jornais. Eu não comprei o jornal, mas o meu pai comprou e trouxe de lá. Era uma edição especial de carnaval.

A partir daí, quando eu começava a ler os jornais daqui da Paraíba e de Pernambuco, além de São Paulo, do Rio e até do Natal, eu nunca mais eu não li o jornal da minha terra. Faz 6 anos...

Abaixo, veja algumas imagens do jornal A Tarde, no dia 25 de fevereiro de 2006, num sábado de carnaval. Essa eu tenho guardado no meu acervo de jornais. As fotos foram tiradas por mim.

















Então, parabéns a equipe do jornal A Tarde pelo seu centenário e o periódico entra para os jornais que existem há mais de 100 anos, como o Diario de Pernambuco, no Recife/PE, Correio do Povo, em Porto Alegre/RS, O Estado de S. Paulo, Diário de S. Paulo, A Cidade, de Ribeirão Preto/SP, etc...

Feliz Aniversário, A TARDE! 100 anos!

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Intagram bate Twitter em dispositivos móveis, conforme a pesquisa


Pela primeira vez, o Instagram ultrapassou o Twitter em número de acessos através de dispositivos móveis, como disse o portal Adrenaline, do UOL. Conforme dados da comScore, a rede de compartilhamento de fotos, que tem apenas dois anos de idade, aumentou em praticamente 8,5 vezes: de 886 mil usuários móveis ativos diariamente em março, a rede passou para 7,3 milhões em agosto.

Já o Twitter, que por sua vez, teve 6,8 milhões de acessos móveis diários no mesmo mês, um aumento de 24%.

Aqui no Brasil, o Instagram já é sucesso.
Créditos: Divulgação
O jornal econônico Wall Street Journal nota que isso não significa que as pessoas, de modo geral, usam mais o Instagram que o Twitter. Em março deste ano, o microblog tinha 140 milhões de usuários ativos totais, mas a maior parte deles usa o serviço em desktops – por volta de 60%, de acordo com o CEO da empresa, Dick Costolo. O Instagram, por outro lado, é essencialmente uma rede social móvel.

Embora a comScore não inclua dados sobre o Facebook na sua pesquisa, um porta-voz da firma admite que a rede tem mais usuários móveis ativos que o Twitter e o Instagram. A rede de Mark Zuckerberg, por sinal, adquiriu o Instagram em abril, algo que, para o analista Zeus Kerravala, da Research ZK, foi crucial para o aumento da popularidade do serviço de fotos.

“Eu diria que o Instagram realmente se beneficiou da compra pelo Facebook. As pessoas amam compartilhar fotos, mas o Facebook elevou o perfil do Instagram”, afirma Kerravala. Isso não significa uma crise para o Twitter, mas sim um reflexo do comportamento atual das pessoas na web. “Ele [o Instagram] está focado nas fotos e elementos visuais, o que é muito popular nos dias de hoje”, acrescenta o analista. “Eu acho que ele é mais fácil de usar para a maioria das pessoas.”

Eu queria ter um Instagram, mas como?!

Outros jornais dos Associados já fecharam e seguiram o exemplo de 'News of the World'



Não foi a primeira vez que o Diários Associados fechou o Diário de Natal, em 1º de fevereiro, tiraram de circulação os jornais O Norte, de João Pessoa e o Diário da Borborema, de Campina Grande, deixando os leitores e os funcionários de surpresa e decepcionados.

Pra quem não sabe, o jornal O Norte foi fundado pelos irmãos Oscar e Orris Eugênio Soares em João Pessoa, no dia 7 de maio de 1908. Na época, a capital paraibana se chamava Parahyba.

Com linha editorial agressiva e ousada, o periódico foi perseguido politicamente e fechado por três vezes, em tentativas de calar a voz da comunicação democrática. Dos três episódios se recuperou e reabriu as portas ainda mais forte e respeitado pela sociedade paraibana e nordestina.

O jornal noticiou com extrema competência momentos importantes da história do Estado como a eleição do paraibano Epitácio Pessoa à presidência da República, entre 1915 e 1919. Até a década de 1950 o Jornal passou pelas mãos de empresários e jornalistas influentes e que conseguiram manter a liderança absoluta do periódico entre a sociedade local.

Em 1954, o magnata da comunicação e paraibano Assis Chateaubriand compra o jornal O Norte e que passa a integrar os Diários Associados. A partir dessa data o jornal nunca mais fechou suas portas.
Em 1973 ocorreu nova mudança significativa para a evolução do jornal: a inauguração do seu parque gráfico, considerado então o mais moderno do Nordeste.

Já o Diário da Borborema teve sua primeira edição publicada em 2 de outubro de 1957 e contou com seis cadernos e 56 páginas. A tiragem foi impressa 15 minutos depois da inauguração, imediatamente após o corte da fita inaugural promovido pelas autoridades locais da época, como o prefeito Elpídio de Almeida e do Bispo Dom Otávio Aguiar, em sua antiga sede localizada na Rua Venâncio Neiva, no Centro da cidade. Uma curiosidade, é que o jornal foi inaugurado debaixo de um belo pôr do sol.

O periódico era um dos maiores patrimônios de Campina. Com transparência e ética, mantém nos seus quadros profissionais respeitados, que procuram retratar a cidade e o seu povo, sendo considerado o jornal verdadeiramente campinense.

De lá pra cá, foram tantas mudanças até que em 10 de maio de 2009, os jornais O Norte e Diário da Borborema, ganharam um novo visual, nova logomarca e o novo formato, de standart para o berlinder. O formato que segue uma tendência mundial em tamanho e conteúdo editorial, a exemplo de jornais como The Guardian, de Londres e Zero Hora, de Porto Alegre. E eu tenho quase todas as edições dos jornais no meu acervo entre 2009 até este ano, inclusive, uma edição especial do jornal O Norte, dos 424 anos de João Pessoa, em 2009.

Em abril de 2010, os jornais tiveram como as versões digitais, como chamadas de 'Flip 3D', quando folheia o jornal através de um clique, restritas para os assinantes, permanecendo a versão impressa do jornal em um formato de texto. Foi aí que, pra mim, começaram as crises dos dois periódicos paraibanos. Em 27 de junho de 2011, os jornais pararam de circular as segundas-feiras. Em 15 de julho de 2011, a versão de texto do jornais O Norte e Diário da Borborema na internet foram restrita aos assinantes dos jornais.

No dia 1º de fevereiro deste ano, um comunicado da direção do grupo Diários Associados, em Brasília, tiraram as circulações dos jornais O Norte e Diário da Borborema, deixando os funcionários e os leitores, inclusive eu que eu gostava do jornal e leitor assíduo, de surpresa. Assim como fez o Diário de Natal, ontem, terça-feira.

Segundo o jornal potiguar Tribuna do Norte (e eu até saiba disso também), todas as operações administrativas, financeiras e industriais do Diário de Natal, do Diário da Borborema e do jornal O Norte era centralizada em Recife, junto ao Diário de Pernambuco, o maior jornal de circulação da América Latina, e desde a uma primeira reforma mudou o formato da edição impressa, de standart para tablóide, e substituiu 80% da equipe da redação.

As razões da decisão, segundo fontes ligadas à atual administração dos periódicos, foram econômicas, em função dos resultados financeiros negativos registrados nos últimos anos. As obrigações trabalhistas com os funcionários desligados, garantiu uma dessas fontes, estão sendo honradas, assim como os compromissos com fornecedores.

O acervo dos jornais, arquivos de textos, edições e fotografias, será mantido nas sedes dos periódicos. A mudança administrativa e a decisão de manter apenas a edição digital ocorre quando um projeto de digitalização de todo o acervo estava em andamento. Na medida do possível, segundo a direção dos Associados, esse projeto será mantido e aberto às consultas e uso de instituições de ensino e pesquisas.

E não param por aí não. Dois anos antes, o grupo Diários Associados fechou também o Monitor Campista, jornal de circulação de Campos, na região Norte do Rio de Janeiro. Era um dos jornais mais antigos do Brasil, com fundação em 4 de janeiro de 1834 e teve sua última edição em 15 de novembro de 2009, ano em que o jornal completava 175 anos. Veja mais no vídeo do repórter Ronan Tardin, que era da Inter TV, afiliada da Globo no estado do Rio de Janeiro, hoje na Globo Nordeste, no Recife.


Será que o fechamento de O Norte, Diário da Borborema, e o Diário de Natal, foram por causa do efeito do fechamento do 'News of the World', de Londres, em julho do ano passado?!

terça-feira, 2 de outubro de 2012

O fim do Diário de Natal



Hoje, os poriguares amanheceram tristes com o fechamento do Diário de Natal, jornal dos Diários Associados que existia há 73 anos.

O jornal foi fundado no dia 18 de setembro de 1939, por quatro jovens idealistas com a finalidade de defender os princípios democráticos e a ampla liberdade de expressão. Sob o nome de "O Diário", o periódico já descomprometido com grupos políticos-partidários. Os quatro potiguares - Djalma Maranhão, Rivaldo Carvalho, Romualdo Carvalho e Valdemar Araújo - sonhavam com um veículo que representasse apenas os interesses do estado do Rio Grande do Norte.

Ao final dos anos 1930, Natal era somente uma cidade com pouco mais de 55 mil habitantes, que mantinham-se informados através das emissoras de rádio brasileiras e das transmissões internacionais da BBC. O cenário mundial mostrava o avanço das tropas de Adolf Hitler sobre as nações européias: a Segunda Guerra Mundial estava em curso. O noticiário veiculado pelo Diário, em formato tablóide e com circulação vespertina, destacava o conflito e foi logo aceito pela maioria dos leitores natalenses.

Na capa, um comunicado anunciando o fechamento
do periódico deixando os leitores decepcionados.
Crédito: Simone Silva/Instagram/simonesilvarn
O jornal não tinha instalações próprias, gráfica e redação. Funcionava no prédio do Jornal A República. Por motivo financeiro o jornal foi vendido em 1942 ao empresário Rui Moreira Alves, dono da Companhia de Navegação Costeira, interessado em combater o Nazi-Fascismo. Em suas mãos, o veículo estruturou-se com duas impressoras, ganhou espaço próprio, passando a funcionar em um prédio na Tavares de Lira. No ano seguinte, o jornal passou a circular com oito páginas incorporando colunistas importantes como o escritor Veríssimo de Melo.

Em 1945, o empresário Assis Chateaubriand estava expandindo seu império de comunicação, os Diários Associados, pelo país e comprou o Diário de Natal que passou a integrar a cadeia de jornais que já contava com o Diário de Pernambuco e com o Correio Braziliense. Em março de 1947, deu-se a mudança do nome do jornal para o que permanece até hoje, passando a publicar artigos diários de Chateaubriand.

Sob o comando dos Associados continuou vespertino com oito páginas e ganhou novos equipamentos. Incorporou articulistas de renome internacional como José Lins do Rego e Carlos Drummond de Andrade. Entre os colaboradores locais já se destacava o etnógrafo Luís da Câmara Cascudo que publicou durante anos a coluna "Acta Diurna". Também assinaram artigos os escritores Hélio Galvão, Juvenal Lamartine, Newton Navarro e Zila Mamede. Em 29 de julho de 1954 uma versão matutina diária dominical veio se somar ao projeto: O Poti.

Em 10 de maio de 2009, o Diario de Natal teve uma reforma gráfica com o novo logo, novo projeto gráfico e com o novo formato: de standart para o berlinder. O periódico custava R$ 1. Esse projeto gráfico do periódico existe até hoje. O jornal circulava todos os dias, inclusive as segundas feiras. Durante este período, o jornal circulava entre 20 e 32 páginas, mas a primeira edição do novo periódico, teve 64 páginas.

No dia 20 de março de 2011, quase dois anos depois, o periódico dominical O Poti volta a circular com o formato diferente. Assim, o Diário de Natal, a partir do dia 22 de março, deixou de circular as segundas-feiras.

O fechamento do Diário de Natal foram um dos assuntos
mais comentados do Brasil na manhã de hoje.
Para ver as mensagens, clique para ampliar.
Créditos: Arte/Luciano Amorim
Hoje, após 73 anos de vida, o comunicado na capa do jornal de hoje, anuncia sobre o fechamento do Diário de Natal na versão impressa. Agora, o periódico vai focar mais na versão eletrônica. Ao saber da notícia, os jornalistas e os leitores ficaram de surpresas. E foram os assuntos mais comentados do Twitter na manhã de hoje. São mensagens de solidariedade, de lamentar e até bom humor, como nota de falecimento.

Entre eles, a repórter do jornal, Flávia Urbano, disse em seu Twitter, o @flaviaurbano, que está sem palavras para descrever o que ela está sentindo com o fim do Diário de Natal impresso. Para ela era uma escola e uma casa que trabalhava durante quase uma década. Ela ainda prestou solidariedade aos colegas e amigos que foram pegos que trabalham no periódico e foram pegos de surpresa com a triste notícia. E disse ainda que a política dos Diários Associados de desrespeito aos seus colaboradores é de, ironicamente, falta de comunicação, e ela conhece bem.

Alguns jornalistas que trabalhavam na sede do Diário de Natal, em São Gonçalo do Amarante, cidade que fica na região metropolitana de Natal, uma distância de 11km até a capital potiguar, se manifestaram a respeito do fechamento da versão impressa. A jornalista e colunista de social do periódico, Flávia Freire, contou ao portal Imprensa, que os profissionais foram pegos de surpresa com a notícia e declarou: "Não estávamos sabendo de nada". E ela disse ainda que "Ontem, fiz minha coluna normalmente. Hoje, antes mesmo de terminar a coluna, recebi 12 ligações de leitores meus perguntando se eu sabia o que tinha acontecido. Mas eu não sabia, só vi quando peguei o jornal na caixa do correio".

Segundo Flávia, toda a redação do jornal impresso foi demitida, inclusive a editora-executiva Juliska Azevedo. "Ela foi a primeira a ser demitida e a única que se dispôs a falar com cada um dos funcionários demitidos" . "Parece que alegaram problemas financeiros. Mas o diretor institucional [Deliomar Soares] não falou nada, não abriu nem a porta para dar bom dia ou boa sorte", contou a jornalista.

O portal Imprensa disse ainda que apurou o Diário de Natal online, o DN Online, permaneceu com uma equipe de redação composta por oito jornalistas, mas que todos os fotógrafos do jornal foram demitidos. Segundo um funcionário do Recursos Humanos da empresa, as demissões continuarão e não houve aviso prévio. Os desligamentos foram comunicados nesta terça, 2 de outubro, aos profissionais quando chegaram para trabalhar. Ainda de acordo com o RH, a diretoria continua em reunião.

Deliomar Soares, diretor institucional do jornal, por sua vez, afirmou que foi informado sobre o fechamento da edição impressa na última segunda-feira, dia 1º, e explicou que a decisão foi tomada pela cúpula dos Diários Associados e não tem nada a ver com a redação do periódico. Soares disse que os funcionários foram comunicados nesta terça-feira e que as pendências e obrigações profissionais serão cumpridas. E disse: "Eles receberão tudo o que têm para receber no prazo de dez dias".

 ►Saiba mais 
Sindicato dos Jornalistas do RN repudia demissão de jornalistas no Diário de Natal.

Pra mim foi lamentável e decepcionado o fechamento do jornal que era da minha adolescência  Li o jornal tanto na web, tanto impresso, até na versão flip... Na minha casa tem uma pilha de jornais, que eu coleciono desde 2006, e entre eles, tenho o Diário de Natal, tanto standart, tanto no tabloide, que eu gosto muito até hoje. E agora?! Como é que vai ficar sem o jornal potiguar?

Então, dou a minha solidariedade aos jornalistas do Diário de Natal.